Carlos mantém Gabinete do Ódio em funcionamento paralelo à campanha oficial de Bolsonaro
O Gabinete do Ódio bolsonarista e a campanha oficial de Bolsonaro seguem estratégias distintas e mal se comunicam entre si
247 - Vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), licenciado do cargo desde o início de agosto para ajudar na campanha pela reeleição do pai, Jair Bolsonaro (PL), mantém em funcionamento paralelo à campanha oficial do chefe do governo federal o Gabinete do Ódio, aponta reportagem do jornal O Globo.
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Carlos Bolsonaro é crítico do trabalho da equipe de marketing contratada pelo PL e "ignora grande parte das estratégias e até a identidade visual adotada pela campanha, coordenada por seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL)".
"O filho do presidente ignorou, por exemplo, as imagens oficiais produzidas para estampar as peças publicitárias de Bolsonaro. Nelas, o presidente aparece diante de uma bandeira do Brasil, sorridente, numa imagem em que mal se vê as manchas de sua pele. Esse material poderia ser usado a partir de meia-noite do dia 16 de agosto, quando a campanha começou efetivamente. Carlos só atualizou as redes cerca de 24 horas depois, acrescentando o nome e o número do presidente na urna, assim como a identificação do candidato a vice, o ex-ministro Braga Netto. Ele manteve, porém, a foto de baixa qualidade que ilustra o perfil de Bolsonaro há anos", relata a reportagem.
O Gabinete do Ódio, comandado por Carlos, conta com o apoio de servidores da Presidência da República: Filipe Martins, José Matheus Sales e Mateus Matos Diniz.
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Tércio Arnaud Thomaz, que deixou o cargo para concorrer como suplente do candidato a senador pela Paraíba Bruno Roberto (PL), também deve se juntar ao grupo.
Apesar de ser figura central na campanha do pai, Carlos Bolsonaro não frequenta o QG da campanha e não vai às reuniões da equipe oficial. Contatos entre as duas 'alas' da campanha são eventualmente feitos entre Carlos e Flávio. Ambos procuram, no entanto, "não interferir no trabalho do outro. Ainda assim, já houve rusgas entre eles".
A campanha oficial de Bolsonaro diz que “as redes sociais do presidente têm vida própria”. O PL afirma que as diferentes estratégias de comunicação visam atingir públicos específicos.
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