"Ciro foi covarde", escreve Miguel do Rosário sobre ataques ao 247
"Feroz e violento com um veículo alternativo; mansinho e educado com a mídia corporativa", destaca o editor d’O Cafezinho
247 - O jornalista Miguel do Rosário, em artigo n’O Cafezinho, criticou o pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) pelos ataques que fez contra o jornalista Luis Costa Pinto, do Brasil 247. Ciro foi confrontado com uma simples questão colocada pelo jornalista Luís Costa Pinto, diretor editorial do 247, sobre a possibilidade de uma aliança entre as forças do campo progressista para derrotar Jair Bolsonaro.
Em sua resposta, Ciro Gomes, que está com 3% de intenções de voto segundo a última pesquisa PoderData, acusou o 247 de "não ser um órgão de imprensa" e de ser "um panfleto do Lula, pago com dinheiro sujo".
Rosário diz que o jornalista “fez uma pergunta pertinente” e que “as respostas de Ciro foram infelizes”. “Não é a primeira vez que Ciro Gomes ataca um veículo independente, acusando-o de ter ligações com Lula, com o PT, e de receber financiamento ilícito”, diz o editor d’O Cafezinho.
“A fala de Ciro sintetiza um dos problemas centrais de sua campanha: uma falta de inteligência emocional que o vem isolando – e a seu partido – num ritmo que podemos chamar de dramático”, destaca.
“Foi um gesto covarde, mesquinho, antidemocrático e, de ponto-de-vista eleitoral, mais um dos incontáveis tiros que Ciro Gomes vem aplicando, criteriosamente, em seu próprio pé, desde que perdeu a vaga para Haddad no primeiro turno de 2018”, argumenta.
“Foi covarde porque jornalistas da grande imprensa já fizeram exatamente a mesma pergunta, e Ciro Gomes jamais os contrangeu com ataques aos veículos que representavam”, lembrou.
“Ciro apenas atacou o 247 por entender que, no atual ecossistema da comunicação brasileira, é um veículo que não conta com a simpatia das elites e dos outros grandes meios de comunicação. É um raciocínio típico de um covarde: feroz e violento com um veículo alternativo de esquerda; mansinho e educado com a mídia corporativa”, reforça o jornalista Miguel do Rosário.
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