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Com samba, ritual religioso e caminhada, Mãe Bernadete é enterrada na Bahia; Filho denuncia crime

A líder religiosa foi assassinada a tiros dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na noite de quinta-feira (16)

(Foto: Conaq)

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247  - A líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, foi homenageada com samba, ritual candomblecista e caminhada pelas ruas de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã deste sábado (19), informa o G1.

A líder religiosa foi assassinada a tiros dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na noite de quinta-feira (16). No momento do crime ela estava em casa, assistindo televisão com os três netos. A Polícia Federal investiga o caso e até este sábado, ninguém foi preso. A equipe não descarta uma relação deste crime com o homicídio do filho da vítima, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, há seis anos. O corpo dela será enterrado às 11h, em um cemitério na capital baiana.

O presidente Lula usou suas redes nesta sexta-feira para homenagear a líder espiritual: “Com pesar e preocupação soube do assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada a tiros em Salvador. Bernadete Pacífico foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho e cobrava justiça pelo assassinato do seu filho, também um líder quilombola. O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete”, escreveu o presidente.

Filho denúncia crime

Em entrevista à TV Bahia, Wellington, filho da líder espiritual, cobrou investigação pela morte da mãe e também do irmão, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, executado em 19 de setembro de 2017. "É um crime de mando. Eu não vou sujar minhas mãos de sangue. Eu vou deixar um recado para o ministro Flávio Dino e o governador Jerônimo Rodrigues, que estava com ela até a semana passada: está fácil de resolver esse crime. Eu peço por favor que se faça justiça. Que não aconteça o que aconteceu com meu irmão. É a chance de elucidar os dois casos", disse.

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