Corregedor diz que foi pressionado a arquivar processo contra chefe da Receita que devassou dados de desafetos de Bolsonaro
João José Tafner alega ter sido pressionado a arquivar um processo contra Ricardo Feitosa, que acessou e copiou dados fiscais sigilosos de desafetos de Jair Bolsonaro
247 - O corregedor da Receita Federal, João José Tafner, disse ter sofrido pressão do comando da instituição para arquivar processo disciplinar aberto contra o ex-coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no início da gestão Jair Bolsonaro, Ricardo Feitosa, que acessou e copiou de forma imotivada dados fiscais sigilosos de desafetos do então ocupante do Palácio do Planalto.
Segundo a Folha de S. Paulo, “as afirmações feitas internamente ao atual comando da Receita, resultaram na instauração de uma investigação pela Corregedoria do Ministério da Fazenda”.
Ainda conforme a reportagem, documentos internos e depoimentos de pessoas ligadas ao caso, mostram que “Tafner acusou o então secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes e o então subsecretário-geral, José de Assis Ferraz Neto, de pressioná-lo no ano passado a arquivar o caso e não punir Feitosa”.
Ao tomar conhecimento das declarações de Tafner, o atual secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, encaminhou as denúncias à corregedoria do Ministério da Fazenda, que abriu uma investigação para apurar o caso.
Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, Barreirinhas apontou suspeita de prevaricação por parte de Tafner, uma vez que ele não teria denunciado ou tomado providências em relação à pressão para que o processo contra Feitosa fosse arquivado.
Em seu relatório sobre o caso, porém, Tafner recomendou a demissão de Feitosa. A decisão final será tomada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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