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Defesa de Bolsonaro alega saque de R$ 644 mil em dinheiro para pagamento de fornecedores por razões de segurança

“Essa maneira de atuação perdurou durante todo o governo. Havia uma contínua preocupação com fraude na conta do presidente”, disse Fabio Wajngarten

Bolsonaro e Fabio Wajngarten (Foto: Reprodução/redes sociais)

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247 — Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) responderam às acusações levantadas sobre as movimentações financeiras nas contas pessoais do ex-presidente e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.  Segundo a defesa, durante o período em que Bolsonaro ocupou o cargo, sua equipe da Ajudância de Ordens realizava saques mensais da conta pessoal do presidente para efetuar pagamentos em dinheiro a pequenos fornecedores, tudo isso em nome da segurança, informou O Globo.

Os registros fornecidos pela equipe auxiliar do ex-presidente revelaram que seus assessores fizeram saques no valor total de R$ 644 mil ao longo de quatro anos, o equivalente a uma média de R$ 13 mil por mês.

Fabio Wajngarten, assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, explicou que essa prática foi adotada durante todo o período de governo, em razão da preocupação constante com possíveis fraudes nas contas do presidente, como depósitos suspeitos, visando protegê-lo de atividades bancárias fraudulentas. “Essa maneira de atuação perdurou durante todo o governo. Havia uma contínua preocupação com fraude na conta do presidente, com depósitos escusos, para protegê-lo de fraudes bancárias”, afirmou.

“Quando havia um CNPJ, os boletos eram pagos diretamente, retirados da conta do presidente. Era dinheiro em espécie utilizado para pagar uma pizza, comprar produtos em farmácias ou para quaisquer pequenos serviços, a fim de proteger a identidade da pessoa que estava recebendo o serviço. Além disso, havia a preocupação com a segurança em caso de compras pequenas, para evitar possíveis ataques ou envenenamentos”, apontou Wajngarten.

A defesa também explicou o motivo pelo qual Michelle utilizava um cartão em nome de sua amiga, Rosimary Cordeiro. Segundo os advogados do presidente, Michelle usava o cartão de sua amiga desde 2011, pois ela não possuía renda própria e, portanto, não tinha acesso a crédito bancário. Essa prática continuou durante o mandato de Bolsonaro até 2021, quando Michelle fez um cartão em seu próprio nome. Questionados sobre o motivo pelo qual Michelle não utilizava um cartão adicional em nome do ex-presidente, a defesa de Bolsonaro afirmou que, segundo Michelle, isso ocorreu porque o presidente é conhecido por sua frugalidade.

‘A defesa apresentará todo o mês a mês desse reembolso (da primeira-dama à amiga). Esse cartão permaneceu vigente até agosto de 2021, quando o banco ofereceu um cartão a ela e ela não mais precisava desse cartão adicional. Não há confusão de saques. Não há cruzamento de saques. 100% do custo de vida da família do presidente Bolsonaro saiu da conta pessoal do Presidente”, afirmou o advogado.

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