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    Delegado da PF pede novo arquivamento de caso que investiga fraudes no início da Lava Jato

    Em maio, Eduardo Appio reabriu investigação acerca da utilização da contadora de Alberto Youssef como "agente infiltrada" informal

    Polícia Federal | Eduardo Appio | Meire Poza (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Justiça Federal | Geraldo Magela/Agência Senado)

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    247 - O delegado da Polícia Federal (PF) Márcio Anselmo, que atuou na operação Lava Jato, qualificou como  "revanchismo" a reabertura de um inquérito - feita em maio - que apura suspeitas de fraudes e ilegalidades no início da operação. 

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a defesa de Anselmo alega que a reabertura da investigação é “uma situação totalmente atípica, porquanto, inexistem novas provas ou apuração de novos fatos para ensejar o desarquivamento do inquérito. Ademais, a conduta do juízo causa estranheza, pois denota-se um caráter revanchista contra os investigadores que participaram da Operação Lava Jato”. 

    O caso em questão envolve a utilização de Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef, que teria atuado como "agente infiltrada" de maneira informal pela PF em 2014. A investigação suspeita que houve uma busca e apreensão falsa em seu escritório para ”esquentar” as provas entregues por ela que seriam usadas em uma ação penal. 

    “As investigações a respeito do episódio foram iniciadas em São Paulo e enviadas pela Justiça a Curitiba, a pedido do Ministério Público Federal. Em 2017, o inquérito foi arquivado. Em maio, no entanto, o juiz Eduardo Appio, que atuava na vara da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, reabriu o inquérito”, destaca um trecho da reportagem. Pouco depois, no mesmo mês, Appio foi afastado do cargo por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)

    O afastamento, porém, foi anulado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Atualmente, o magistrado Appio é alvo de uma investigação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Após o pedido e o afastamento de Appio, o caso se tornou novamente sigiloso. Desde julho, aguarda uma decisão do relator no TRF-4”, diz o periódico.

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