Depois de Rio e Diadema, pré-campanha de Lula faz ato em Brasília na terça
Com praça lotada em Diadema, Lula ratifica unidade de França e Haddad. Na terça, Lula celebra chapa com PV e PT no Distrito Federal
RBA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou a semana de atividades de pré-campanha em ato público em Diadema, no ABC paulista. Com a Praça da Moça tomada, na região cental do município do ABC paulista, Lula falou do momento mais desafiador do que quando assumiu a presidência em 2003. “Vamos pegar o país pior, com inflação e o desemprego maiores. As categorias sindicais estão fazendo acordos menores que a inflação. E nossa solução é colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”, disse.
Lula esteve acompanhado do vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB) e do candidato petista ao governo de São Paulo, Fernando Haddad. Pela primeira vez, o ex-governador Márcio França (PSB) subiu no mesmo palanque e ratificou a desistência de sua candidatura ao governo para apoiar Haddad. Conforme anunciou ontem (8), em vídeo, França reafirmou estar respeitar compromisso assumido em nome da unidade do campo progressista, diante do fato de Haddad estar mais bem posicionado nas pesquisas e com chances de vencer no primeiro turno.
“O combinado vai ser cumprido. Na última eleição aqui em São Paulo eu tive 10,2 milhões de votos e quero dizer que vou pedir para todas essas pessoas me ajudarem a eleger Lula com Alckmin e Haddad governador de São Paulo. Ele [Haddad] é uma pessoa preparada, é idôneo, correto”, afirmou. (Acompanhe aqui a fala de Márcio França.)
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Unir o país
Haddad, por sua vez, admitiu a dificuldade e o esforço para a construção de um palanque unificado e celebrou a construção da solução abraçada pelos sete partidos que compõem a frente Vamos Juntos pelo Brasil – PT, PSB, Psol, PCdoB, Rede, Solidariedade e PV. “Nós, ao longo de um ano praticamente, começamos a construir uma solução que contemplasse todos os partidos que estão aqui representados. Estamos aqui num esforço incrível de unir o país contra o arbítrio e contra o autoritarismo”, definiu. (Assista aqui ao discurso de Haddad.)
Lula disse que, “pelo bem do Brasil”, é obrigação do campo progressista e democrático mudar a história, retomando o esforço de acabar com a pobreza, a fome e a miséria. Além disso, assinalou a importância de um esforço nacional pela eleição de um Congresso Nacional também comprometido com essas mudanças. E emendou com a necessidade de o momento eleitoral ampliar o protagonismo das mulheres na política. “Precisamos eleger muitos deputados e deputadas. Já que as mulheres são maioria, que entupam o Congresso”, disse, citando exemplo do México, onde as mulheres são 55% dos deputados, 45% dos senadores e 35% dos prefeitos.
“A mulher não quer ser coadjuvante. Ela quer fazer a sua história. “É verdade que aumentou a quantidade de mulheres no mercado de trabalho, mas a verdade é que ainda não aumentou a quantidade de homens na cozinha para ajudar a lavar louça, para ajudar a cozinhar ou a lavar os pratos. Então, a gente não vai criar esse mundo justo que a gente fala da boca para fora. Nós precisamos ser parceiros de verdade”, afirmou ex-presidente.
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