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    Dino: aliados colocam Bolsonaro em "cenas de crimes" e governo não descarta possibilidade de pedir extradição

    Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, por enquanto não há "nenhuma situação ensejadora do pedido de extradição", mas a possibilidade existe

    Lula, Bolsonaro e Flávio Dino (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | REUTERS/Joe Skipper | José Cruz/Agência Brasil)

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    247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não descarta a possibilidade de pedir a extradição de Jair Bolsonaro (PL) dos Estados Unidos para o Brasil. Segundo Dino, a permanência de Bolsonaro em solo estadunidense, onde ele se encontra desde o final do ano passado, pode configurar uma “situação em que ele estaria fugindo de procedimentos legais”.

    “Por enquanto, não [há iniciativa do governo de extraditar Bolsonaro], porque não há, ainda, nenhuma situação ensejadora do pedido de extradição, que seria legalmente cabível. Claro que, se ele alongar essa permanência, aparentemente temporária, e alongá-la definitivamente, aí sim a situação muda”, disse Dino em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na manhã desta nesta terça-feira (7), na Rádio Bandeirantes.

    O ministro disse esperar que Bolsonaro retorne dos Estados Unidos para prestar esclarecimentos sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e sobre a suposta tentativa de golpe de Estado revelada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). 

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    “Até porque, se ele não voltar, aí sim pode configurar uma situação em que ele estaria fugindo de procedimentos legais. Eu não quero crer que um ex-presidente da República vá fugir de prestar esclarecimentos que são importantes”, ressaltou. 

    Na entrevista, Dino também destacou que o governo Lula não está promovendo uma perseguição a Bolsonaro, mas que  “aliados, amigos e auxiliares” do ex-mandatário o colocam em “cenas de crime”. “Em todo momento, há aliados do ex-presidente da República colocando-o em cenas de crimes. Faço questão de frisar isso com toda clareza. Não somos nós. Não são pessoas de outra posição política. Não. São aliados, amigos e auxiliares do ex-presidente Bolsonaro que, a todo tempo, citam o nome dele. É claro que isso gera consequência jurídica”, afirmou. 

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