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Dino critica a miséria intelectual da direita brasileira: 'não tem líderes que debatam com conteúdo e decoro'

"Por que tanta baixaria, mentiras, agressões, performances de mau gosto?", questionou o ministro pelo Twitter

Ministro da Justiça, Flávio Dino, na CCj da Câmara - 27.03.2023 (Foto: Agência Câmara)

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247 - O ministro da Justiça, Flávio Dino, criticou nesta quinta-feira (27) a falta de decoro e de civilidade de políticos da extrema-direita no Brasil. 

"A direita brasileira não consegue, no atual momento, produzir líderes sérios, que façam o debate político com conteúdo e decoro? Por que tanta baixaria, mentiras, agressões, performances de mau gosto?", questionou o ministro pelo Twitter. 

Flávio Dino tem enfrentado a hostilidade de deputados bolsonaristas durante participações nas comissões de Constituição e Justiça, e de Segurança Pública da Câmara. 

Leia também matéria do Brasil de Fato sobre o assunto:

Silvio Almeida freia teatro de senador bolsonarista com feto plástico: 'Exploração inaceitável'

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, mostrou ao senador bolsonarista Eduardo Girão (Podemos-CE) como deve ser feito o debate político sério e respeitoso. Em audiência no Senado nesta quinta-feira (27), Almeida criticou Girão após tentativa de constrangimento com a entrega de um boneco plástico simulando um feto.

 "Com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que temos no país. Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso aí", disse o ministro, sendo fortemente aplaudido pelas pessoas que compareceram à audiência. 

 No início deste mês de abril, a esposa de Almeida, a estilista Ednéia Carvalho, anunciou a gestação da primeira filha do casal, que está junto há 17 anos.

 No episódio desta quinta, Girão seguiu a cartilha habitual dos parlamentares bolsonaristas no congresso, tentando fazer uma cena teatral de mau gosto para garantir "cortes" para as redes sociais. Ele se levantou da cadeira onde estava sentado e se dirigiu à mesa onde estava o ministro

 "Já que a gente entrou na questão da dignidade humana, vou materializar a entrega dessa criança com 11 semanas de gestação", disse o senador, enquanto se aproximava de Almeida.

 "Eu não quero receber isso, por um motivo muito simples. Eu vou ser pai, agora. Eu sei muito bem o que significa isso. É uma performance que eu repudio profundamente", respondeu o ministro, com a elegância que lhe é habitual.

 "Isso é um escárnio. E falo com muito respeito, respeitando seu cargo. Eu não vou aceitar esse tipo de coisa. Eu sou um homem sério, e acredito que o senhor também seja. Esse tipo de performance aqui não é o que condiz com minha maneira de ver a política", prosseguiu Almeida. 

 Sem alternativas, Girão abaixou a cabeça e retornou à cadeira onde estava sentado, se limitando a dizer que respeitava a postura do ministro dos Direitos Humanos.

 "Se o senhor fizer uma pergunta séria eu vou com maior prazer, mas esse tipo de performance é inaceitável, uma exploração de um problema muito sério que nós temos no Brasil e no Mundo. Isso aí eu não aceito", complementou o ministro.

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