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'Dosssss!' e 'CCEM 16/17': Mauro Cid fazia parte de grupos que trocavam mensagens sobre golpe de Estado

Confira o teor das conversas do tenente-coronel com militares

Mauro Cid (Foto: Reprodução)

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247 - Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid tinha grupos de WhatsApp, para discutir com aliados uma tentativa de golpe. Em um dos grupos no qual Cid estava, o "Dosssss!", com militares da ativa, integrantes ameaçavam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

"Estejamos prontos... A ruptura institucional já ocorreu... Tudo que for feito agora, da parte do PR (presidente), FA (Forças Armadas) e tudo mais, não vai parar a revolução do povo", disse. Outro integrante do grupo ameaçou diretamente Moraes. "Vai ter careca sendo arrastado por blindado em Brasília?". As mensagens foram publicadas pelo jornal O Globo

Em outro grupo de Cid, do qual também fazia parte o tenente-coronel Marcelino Haddad, o "CCEM 16/17", em referência ao Curso de Comando e Estado-Maior do Exército, também ocorria a discussão sobre investidas autoritárias. No WhatsApp, o grupo com 101 integrantes apresentou conclusões, como a "definição de situações em que essa missão constitucional (de uso das Forças Armadas) pode ser cumprida".

Bolsonaristas tentaram conseguir suporte jurídico para o golpe. A ideia seria a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Em uma conversa, Márcio Resende, por exemplo, defendeu que Bolsonaro acionasse o artigo 142 da Constituição (veja um trecho do diálogo na foto). O plano também previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição. O termo "dentro das quatro linhas" era usado por Bolsonaro em declarações públicas.

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