Eletricitários desmentem comunicado da Eletrobrás sobre apagão e elogiam decisão do TST que suspende demissões

247 - Trabalhadores do setor elétrico reunidos no Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) divulgaram nesta segunda-feira (4) um comunicado para desmentir a Eletrobrás, que alega que as demissões que promove desde que foi privatizada por Jair Bolsonaro não comprometem a segurança de suas operações. 

Na sexta-feira passada, a companhia elétrica divulgou comunicado dizendo que os desligamentos não comprometem a segurança de suas operações. A empresa disse que até o fim deste ano, não serão feitos desligamentos de profissionais que operam usinas e subestações de transmissão, ou que trabalham nas áreas de manutenção ligadas aos negócios e em seu centro de serviços compartilhados.  

No entanto, o plano de demissão voluntária (PDV) da Eletrobras ganhou destaque principalmente após o apagão de grandes proporções ocorrido em 15 de agosto, que afetou praticamente todo o país. >>> Deputados foram alertados sobre riscos gerados por demissões na Eletrobrás três meses antes do apagão

"Para todos nós, que dedicamos nossas vidas a essa empresa, é revoltante ver os rumos da Eletrobrás e do setor elétrico brasileiro entregues a gafanhotos preocupados apenas em dividendos e mega remunerações", rebateram os eletricitários.

Os trabalhadores também elogiaram a decisão do Tribunal Superior de Trabalho de suspender desligamentos de empregados que aderiram ao PDV da Eletrobrás. A decisão do TST afeta 353 demissões não homologadas realizadas no fim de agosto. "O TST está fazendo sua parte pela segurança energética do país, cabe agora ao STF julgar a ADI 7385 o mais rápido possível. Tirar essa gente do controle da Eletrobras é uma questão de SEGURANÇA NACIONAL", dizem os trabalhadores do CNE.