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Eletrobrás está seguindo o caminho da Light, que entrou com pedido de recuperação judicial, destaca Nassif

“A empresa virou uma vaca leiteira do mercado financeiro. E os analistas que cobrem a Eletrobrás não falam nada”, diz o jornalista

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação | Fernando Frazão/Agência Brasil)

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247 - A Eletrobrás, empresa estatal de energia elétrica do Brasil, segue o caminho da Light, que recentemente entrou com um pedido de recuperação judicial, destaca o jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN.  O alerta é do economista Marco Antônio Castelo Branco, do Cedeplar, da Universidade Federal de Minas Gerais, ao analisar os dados de um ano de privatização da Eletrobrás.

O artigo destaca que os números são alarmantes, com despesas com juros consumindo 78% do resultado operacional do primeiro trimestre de 2023 e uma queda de 85% no lucro líquido em comparação com o mesmo período de 2022.

Segundo Nassif, “a empresa virou uma vaca leiteira do mercado financeiro. E os analistas que cobrem a Eletrobras não falam nada…ficam cegos? ou estão protegendo a gestão privada? E mesmo com uma performance catastrófica como essa, a Diretoria ainda cometeu o absurdo de gastar cerca de R$ 148 milhões (3,7% do resultado operacional) em recompra de ações. A Companhia parece querer repetir o caminho desastroso da Light. E depois falam que é a ação da AGU quem está fazendo a empresa perder valor de mercado!”, pontuou. 

Nassif destaca, ainda, que a história da privatização da Light serve como exemplo. “O início da tragédia da Light foi o mesmo. Depois de uma privatização para a Andrade Gutierrez, com Aécio Neves envolvendo a Cemig no pacote, caiu nas mãos de Beto Sicupira, da 3G – o grupo que controla a Cemar, no Maranhão, que afundou as Americanas". "A Light se encontra em uma situação financeira precária, com um passivo de R$ 5 bilhões. No entanto, isso não a impediu de distribuir R$ 94,5 milhões em dividendos no ano passado e maquiar os resultados com a venda de carteiras de contas inadimplentes", complementou.

O jornalista faz um alerta, e diz que ainda há muito a ser apurado nessas operações e questiona as motivações por trás da compra de 15% das ações da Light por um gestora paulista antes do pedido de recuperação judicial.

Na opinião de Nassif, a privatização da Light e de outras empresas do setor elétrico tinha como objetivo melhorar a eficiência, aumentar os investimentos e a qualidade dos serviços prestados. No entanto, ao longo dos anos, as empresas privatizadas, incluindo a Light, enfrentaram críticas em relação ao seu desempenho. A atribuição da crise apenas aos "gatos" é considerada hipócrita.

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