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Em depoimento ao TSE, Anderson Torres diz que PF nunca detectou fraudes nas urnas

Ex-ministro da Justiça afirma que acusações contras as urnas eletrônicas feitas por Jair Bolsonaro não têm base em informações da Polícia Federal

Anderson Torres (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

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247 - Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que nunca teve acesso a informações da Polícia Federal (PF) que comprovassem fraudes eleitorais. O depoimento de Torres, divulgado nesta quarta-feira (28), foi prestado durante o processo que agora culmina no julgamento do TSE que poderá tornar Jair Bolsonaro inelegível pelo período de oito anos. 

De acordo com o jornal O Globo, Torres negou as acusações feitas por Jair Bolsonaro (PL) durante uma live realizada em julho de 2021, na qual foram levantados questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas e a higidez do sistema eleitoral. 

Na ocasião, Bolsonaro alegou haver "indícios fortíssimos ainda em fase de aprofundamento que nos levam a crer que temos que mudar esse processo eleitoral". No entanto, quando questionado sobre a transmissão, Torres negou possuir qualquer informação da PF que confirmasse as acusações de Bolsonaro. 

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Ainda segundo a reportagem, Torres disse que apenas leu, nos minutos finais da transmissão, um relatório produzido pela PF que “apenas sugeria a possibilidade de melhorias no sistema eleitoral brasileiro”.

"A Polícia Federal nunca apresentou, pelo menos para mim, o resultado de alguma investigação que concluísse, que pudesse garantir que existia fraude na eleição. O resultado da eleição foi o que as urnas trouxeram. O processo democrático foi cumprido. O vencedor tomou posse e está exercendo seu mandato livremente", afirmou o ex-ministro da Justiça no depoimento. 

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Jair Bolsonaro está sendo julgado no âmbito de uma ação impetrada pelo PDT que questiona a reunião feita por ele com os embaixadores estrangeiros. A tendência é que os ministros da Corte Eleitoral votem pela inelegibilidade do ex-mandatário. 

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