Em festival de baixarias, bolsonaristas do governo atacam indígenas em reunião de “combate” à pandemia e chocam comunidades
O ministro do STF Roberto Barroso determinou a criação de uma sala de situação para as comunidades indígenas, que já contabilizam 529 mortes. A primeira reunião, no entanto, foi um fracasso. Insultos, impropérios, cinismo e negacionismo dominaram as falas do general Heleno e do secretário Robson Santos Silva
247 - A primeira reunião da sala de situação para combate à pandemia nas comunidades indígenas foi um fiasco. Lideranças indígenas saíram traumatizadas com tantas agressões por parte das autoridades do governo.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “segundo os relatos dos representantes indígenas, após a fala de abertura, feita por Barroso, eles passaram a ser alvos de ataques e ofensas por parte de membros do governo Jair Bolsonaro (sem partido), especialmente pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e pelo secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva. Segundo os presentes, Silva fez uma fala agressiva, na qual disse que as acusações de "genocídio indígena" praticado pelo governo Bolsonaro são "cínicas", "covardes" e "levianas".”
A matéria ainda relata que “Heleno, por sua vez, teria engrenado em uma fala ideológica, na qual disse que a questão das demarcações de terras indígenas já tinha que ter sido resolvida pelos partidos que estavam no poder anteriormente e que agora a questão estava sob administração da gestão Bolsonaro. Ele também teria dito que não falaria sobre indígenas que vivem em terras que não estão demarcadas e que esses seriam tratados como produtores rurais. Os comentários foram considerados completamente descabidos, já que não tinham qualquer relação com a proposta da sala de situação de gestão.”
Segundo números da Apib, 16.057 indígenas foram contaminados pelo novo coronavírus e 529 morreram.
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