HOME > Brasil

Entidades pedem à PGR apuração de crime de genocídio de Israel

A Associação Islâmica Brasileira e a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) protocolaram na PGR e no Ministério da Justiça um pedido de reconhecimento do crime de genocídio

Paulo Gonet (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Conjur - A Associação Islâmica Brasileira e a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) protocolaram na Procuradoria-Geral da República e no Ministério da Justiça um pedido de reconhecimento do crime de genocídio praticado por Israel no confronto com o grupo fundamentalista Hamas.

O documento relata o panorama histórico que envolve o conflito entre Israel e Palestina, citando as mais de 20 mil mortes de palestinos desde o início da última etapa da guerra, deflagrada após ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro do ano passado. Na próxima sexta-feira (26/1), a Corte Internacional de Justiça vai anunciar a primeira decisão no caso em que a África do Sul acusa Israel do crime de genocídio contra a população presa na Faixa de Gaza.

No pedido, os advogados das instituições lembram que o Brasil se comprometeu com determinados tratados internacionais, como o Estatuto de Roma, que afirma que devem ser apuradas as condutas possivelmente genocidas dos Estados que assinaram o documento. O texto ainda menciona os brasileiros que viajaram a Israel para aderir à guerra contra o Hamas.

“É sabido que, por meio do serviço diplomático de Israel, cerca de 180 brasileiros/israelenses embarcaram, em 13 de outubro deste ano (2023), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, rumo a Tel Aviv para lutar na ‘guerra’ vale dizer, podem estar participando ativamente da ‘punição coletiva’ aplicada ao povo palestino, alvo de genocídio. É preciso apurar”, diz o texto.

Segundo os advogados, o Código Penal “incide ao caso”, já que a normativa brasileira trata também de crimes de brasileiros cometidos fora do país.

“O Brasil, como signatário de tais instrumentos internacionais, pode e deve apurar crimes de guerra, em especial o crime de genocídio praticado por Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, Yoav Galant, ministro da defesa de Israel, seus generais de guerra, inclusive com a eventual participação de brasileiros.”

O texto é assinado pelos advogados Casem Mazloum, Nadir Mazloum, Amir Mazloum, Walid Mazloum, Nasser Judeh e Jamil H. A. Bannura.

Clique aqui para ler o documento.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: