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Estudo global repudia o 8 de janeiro e diz que o Brasil virou exemplo para frear tentativas de desmonte da democracia

Instituição de uma universidade sueca, a V-Dem afirmou que 'a autocratização foi interrompida no Brasil'. A entidade também lembrou a condenação de Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro, Planaldo, onde fica o gabinete presidencial, urna e o TSE (Foto: ABR | REUTERS / Suamy Beydoun I Ricardo Stuckert / PR)

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247 - Instituição na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, a V-Dem afirmou que o Brasil virou referência internacional no sentido de frear tentativas de desmonte da democracia. A instituição europeia repudiou os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). "A autocratização (totalitarismo) não foi apenas interrompida no Brasil, mas também revertida em um caso definitivo de reviravolta", disse, conforme relatos publicados neste domingo (10) pela coluna de Jamil Chade.

A entidade global recordou que o ex-mandatário brasileiro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral no ano passado. Ele questionou, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores no Planalto no seu governo. "Bolsonaro foi condenado por abusar de seu cargo para desacreditar o sistema eleitoral e está inelegível para buscar ou ocupar cargos públicos até 2030", destacou o estudo.

O estudo citou algumas ações do Judiciário brasileiro. "A Justiça Eleitoral criou um site para verificar as informações disseminadas nas mídias sociais e desmentir notícias falsas sobre o processo eleitoral. O Supremo Tribunal Federal iniciou uma investigação sobre 'milícias digitais', ou grupos criminosos on-line que atuam contra a democracia e o Estado democrático".

Sobre o 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou este mês 15 acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Por maioria de votos, os ministros aplicaram penas que variam entre 14 e 17 anos de prisão aos acusados, que respondem pelos crimes abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, de associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Desde o início dos julgamentos dos envolvidos no 8 de janeiro, o Supremo condenou cerca de 100 investigados. A Procuradoria-Geral da República fez mais de 1.300 denúncias contra os participantes das manifestações terroristas.

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