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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid movimentou R$ 8,4 milhões em três anos

Os valores depositados em suas contas ao longo do período são cinco vezes maiores do que seus ganhos como servidor público federal

Mauro Cid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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247 - Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid movimentou em três anos R$ 8,4 milhões. O militar teve seu sigilo bancário quebrado a pedido da CPMI dos Atos Golpistas e descobriu-se que sua movimentação financeira "é bem maior do que já se sabia", informa reportagem do Estado de S. Paulo. >>> Novo advogado de Mauro Cid empurra responsabilidade para Bolsonaro: "assessor cumpre ordens"

Entre 2020 e 2022, R$ 4,5 milhões foram depositados nas contas de Cid, enquanto R$ 3,8 milhões foram retirados. As cifras contradizem de maneira significativa os valores mensais listados como rendimentos do oficial durante o mesmo período. Cid havia declarado à Receita Federal uma média anual de rendimentos tributáveis no montante aproximado de R$ 318 mil. Em outras palavras, os valores depositados em suas contas ao longo do período de três anos são cinco vezes maiores do que seus ganhos como servidor público federal.

Essas informações estão documentadas em um relatório que detalha a movimentação financeira tanto em contas correntes como em contas poupança de Cid. O relatório foi elaborado pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda e posteriormente compartilhado com a CPMI. >>> General Cid se afasta de Bolsonaro, agravando tensão e complicando situação do ex-presidente no escândalo das joias

Já se sabia que Cid havia efetuado pagamentos na ordem de R$ 200 mil somente com seu cartão de crédito internacional. Além disso, a quebra de sigilo bancário revelou que, no intervalo entre maio e agosto de 2022 – um período que precedeu as eleições presidenciais –, Cid recebeu um total de R$ 1,2 milhão em suas contas. Os relatórios apresentados à CPMI também contêm evidências de que o ex-ajudante de ordens gerenciou um montante de R$ 2,4 milhões em qualidade de procurador nas contas ligadas a Bolsonaro. Dentro dessas contas, o mês com o maior volume de depósitos foi fevereiro de 2020, no qual foram registrados depósitos no valor de R$ 119 mil. Segundo o relatório submetido à comissão parlamentar, as contas administradas por Mauro Cid na posição de procurador de Bolsonaro acumularam um total de R$ 1,1 milhão ao longo de três anos. Além disso, há registros de débitos totalizando R$ 1,2 milhão.

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