Exército faz parceria com empresa de armas dos EUA após lobby de Eduardo Bolsonaro
A proximidade do filho de Jair Bolsonaro com a empresa americana SIG Sauer gerou desconforto em setores do Exército brasileiro, refratário à quebra do monopólio da força pelos militares e a polícia
247 - O Exército vai fechar uma parceria para a fabricação de pistolas da marca americana SIG Sauer no Brasil, após o lobby do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O filho do inquilino do Palácio do Planalto é conhecido no mercado de armas como garoto-propaganda da SIG.
Segundo o jornalista Igor Gielow, da Folha de S.Paulo, a insistência com que promove a empresa já gerou desconforto em setores do Exército,que reagiram também à revogação de portarias de controle de armas e munições por ordem de Jair Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro tem divulgado em redes sociais suas imagens testando pistolas da SIG em um clube de tiro em março deste ano. Em abril do ano passado, divulgou uma foto de uma reunião com representantes da empresa, prometendo ajudá-los.
Em janeiro, Eduardo Bolsonaro disse que havia sido procurado pela SIG e que acreditava no interesse de outras empresas no Brasil, como a Beretta.
O processo para a instalação de novas empresas de armas no Brasil se acelera no país. Há duas semanas, o deputado visitou o general Alexandre Porto, que assumiu a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército em substituição a Eugênio Pacelli, cujas portarias foram derrubadas.
Na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro fez um discurso em que explicitou sua posição favorável a armar a população. Isto cria incômodo em setores do Exército, porque o monopólio do uso de armas é dos militares e da polícia.
A derrubada das portarias de controle está sob apuração do Ministério Público Federal.
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