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FAB gastou R$ 134 mi com empresa dos EUA para comprar itens como bolas de futebol e equipamentos de informática, diz jornal

Dado consta de relatório preliminar do TCU que apura gastos de R$ 20 bilhões em compras feitas pelas Forças Armadas nos últimos cinco anos

Caça F-39E Gripen da FAB 23/10/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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247 - Um relatório de uma auditoria preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que a  Força Aérea Brasileira (FAB) gastou R$ 134 milhões na contratação de uma empresa com sede na Flórida (EUA) para fornecer materiais que vão desde equipamentos de computação até livros e bolas de futebol aos militares. 

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as compras foram feitas entre 2018 e 2022 por meio de “uma sequência de pagamentos quase diários à empresa ao longo de cinco anos” feitos pelo escritório de representação da FAB em Washington. 

A auditoria do TCU apura compras que somam cerca de R$ 20 bilhões feitas pelos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em diversos países nos últimos cinco anos. A maior parte dos gastos, contudo, teriam sido registrados nos EUA, que concentra três das cinco comissões das Forças Armadas no exterior. As outras duas representações ficam na Europa.

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Segundo a reportagem, “a variedade de itens comprados pela Aeronáutica junto à mesma empresa ligou o alerta dos auditores porque a prática destoa do que seria possível negociar ‘em um mercado extremamente competitivo como o norte-americano’. Para os técnicos, trata-se de ‘situação bastante peculiar’”. 

Os militares, contudo, têm mostrado resistência à auditoria feita pelos técnicos do TCU, uma vez que final do governo Bolsonaro “o Exército,Marinha e Aeronáutica impuseram barreiras ao envio de dados solicitados”.

Em nota, o Exército informou que “a Instituição abriu as portas para a equipe do TCU visitar in loco o sistema de controle de compras no exterior, gerenciado a partir das instalações do Quartel-General em Brasília, bem como conhecer e visitar os trabalhos da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, em 2022”. 

O Ministério da Defesa, Marinha e Aeronáutica não se pronunciaram sobre o caso.

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