Flávio Bolsonaro vai à Justiça contra Witzel, que denunciou bolsonarismo e milícias em CPI da Covid
O senador Flávio Bolsonaro acionou a Justiça Criminal contra as declarações do ex-governador Wilson Witzel em depoimento à CPI da Covid. O senador acusa Witzel de crimes de calúnia, difamação e injúria
247 - O senador Flávio Bolsonaro (Patriota) acionou, na sexta-feira, 25, a Justiça Criminal, na 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, contra as declarações do ex-governador Wilson Witzel em depoimento à CPI da Covid. O senador acusa Witzel de crimes de calúnia, difamação e injúria.
O ex-governador afirmou aos senadores que Flávio Bolsonaro seria "dono" dos hospitais no Rio. "O que pretendeu dizer o interpelado: que haveria corrupção? Tráfico de influência? Relações espúrias de compadrio? Em que contexto um Senador da República poderia ser dono ou ter alguma ingerência em hospitais federais em algum ente da federação", indaga trecho do documento.
Durante a CPI, falando sobre o assassinato de Marielle Franco, ao ter depoimento tumultuado por Flávio, Witzel disse não ser porteiro para ser intimidado, em referência ao porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro, ouvido na investigação sobre a morte da vereadora.
"O que quis dizer com esses termos? Que o senador Bolsonaro coagiu aquela humilde testemunha durante a investigação sobre a morte da ex-vereadora?! Que o interpelante coage porteiros? Testemunhas?", questionam os advogados de Flávio.
CPI aprova depoimento secreto de Witzel
A CPI da Covid aprovou na quarta-feira, 23, o requerimento para ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. A ideia é que o ex-chefe do executivo fluminense preste depoimento em sessão secreta. O dia do depoimento ainda será definido.
O ex-governador foi à CPI no dia 16 de junho e disse ter informações importantes a revelar, porém num encontro secreto. Witzel alegou ser alvo de ameaças e pode dar informações que vão além da pandemia. Alvo de impeachment, ele disse, por exemplo, que o avanço das investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) foi determinante para ele sofrer o que chamou de perseguição.
Na sessão desta quarta, a CPI também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de seis entidades responsáveis pela gestão de hospitais no Rio de Janeiro.
Os senadores levantaram o sigilo do Instituto Unir Saúde, do Instituto IABAS, do Instituto Diva Alves do Brasil (IDAB) e das Organizações Sociais (OSs) Mahatma Gandhi, Nova Esperança e Rio dos Lagos.
As quebras de sigilo têm o objetivo de obter mais informações sobre irregularidades na gestão de dinheiro público ao longo da pandemia e para checar informações dadas por Witzel.
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