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Flávio Dino: será preciso uma 'catequese democrática' para pacificar o Brasil

"Vamos ter de agir rapidamente no sentido de adotar ações para garantir a ordem democrática e também medidas que melhorem a vida do povo", disse o senador eleito

Flávio Dino (Foto: ag. Brasil)

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247 - O senador eleito Flávio Dino (PSB), coordenador do grupo para assuntos de Justiça da equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cotado para assumir o Ministério da Justiça, afirmou que o novo governo irá assumir o país com” um nível de destruição institucional muito maior do que havia em 2003” e que será preciso “criar uma espécie de catequese democrática” para pacificar o Brasil.

“Temos alguns setores políticos, sociais, empresariais e institucionais que não querem aceitar o resultado das eleições e fazem um combate ilegal e criminoso em relação ao novo governo. Temos um nível de destruição institucional muito maior do que havia em 2003. Vamos ter de agir rapidamente no sentido de adotar ações para garantir a ordem democrática e também medidas que melhorem a vida do povo, que está exausto depois de anos de dificuldades econômicas e sociais”, disse Dino em entrevista à revista Veja.

“A primeira delas diz respeito ao cumprimento da lei por todos. Há pessoas que estão praticando, de forma flagrante, crimes tipificados no Código Penal. É um dever do atual governo enfrentar a situação, mas se até o dia 1º de janeiro isso não ocorrer, a nova gestão terá de atuar para, por exemplo, colocar fim aos cercos ilegais aos quartéis do Exército. O primeiro passo é garantir as leis. Precisamos criar uma espécie de catequese democrática”, destacou o socialista. 

Na entrevista, Dino também criticou o extremismo de direita representado pelo bolsonarismo,mas detacou a impoortância do pluralismo político. "O pluralismo político faz bem ao país. O que faz mal é o extremismo, que tenta destruir a democracia. Há lideranças eleitas que celebram a fidelidade aos cânones democráticos e espero que consigam crescer. E com isso a gente isola o extremismo golpista, nocivo ao Brasil. Temos governadores como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Eduardo Leite e Raquel Lyra, além da senadora Simone Tebet, que não são de esquerda, mas são democratas”.

“O Senado será mais bolsonarista. Eu creio que teremos oposição dura, barulhenta, extremista, porém minoritária. Eu não vejo um cenário de Lula com minoria na Câmara e no Senado. Espero que tenha bom senso e o ambiente extremista das ruas não chegue a contaminar o ambiente parlamentar. As pessoas têm direito a defender suas ideias, por mais exóticas que sejam, porém, dentro das regras democráticas”, ressaltou. 

Questionado sobre o que o governo Lula poderá fazer para pacificar o país, Dino foi enfático: “Manter a frente ampla. No momento em que ele assegura esse conceito, dá a prova de que queremos fazer um governo inclusivo, plural, que funcione e não seja unilateralista. Esse é o principal gesto. Agora, é preciso dizer que esperamos sinalizações dos outros. Só é possível fazer uma concertação nacional se os convidados aceitarem o convite que Lula tem feito. Esperamos uma deposição de armas, literal e simbolicamente”.

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