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Funcionárias da Petrobrás relatam dezenas de casos de assédio de chefes e colegas; veja denúncias

Reportagem do g1 teve acesso a 53 mensagens de WhatsApp em que funcionárias contam episódios de assédio sofrido ou testemunhado na estatal

(Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil)

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247 - Funcionárias da Petrobrás relataram dezenas de casos de assédio sexual em um grupo do WhatsApp, incluindo incidentes ocorridos em plataformas e outras instalações da empresa, como o Centro de Pesquisas (Cenpes), perpetrados por colegas de trabalho e superiores hierárquicos. A informação é do blog da Andréia Sadi no portal G1.

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A jornalista, apresentadora do GloboNews, e sua equipe obtiveram acesso a um conjunto de 53 mensagens contendo relatos espontâneos de vítimas de abuso e testemunhas de agressões contra trabalhadoras. Confira exemplos mostrados pela reportagem do g1:

"A gente botava cadeira na porta à noite porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e tinha um cara mexendo nas calcinhas dela".

"Voltando de um evento da gerência à noite, dividi o Uber com o meu gerente imediato. Quando chegou na casa dele, ele começou a me agarrar. Depois de conseguir fazer com que ele parasse, ele veio insistir que queria ir para minha casa, obviamente não deixei".

"Embarquei uma única vez, no curso de formação. Me colocaram num quarto com um químico. No começo fiquei de boa pq a gente tinha horário trocado e nunca via ele no quarto. Até um dia que entrei e ele estava deitado assistindo a um filme pornô na tv do quarto. Saí na mesma hora para falar com o fiscal que não ficaria mais naquela situação".

 "A recepcionista da gerência que eu trabalhava teve o seio apalpado por um petroleiro, dentro da empresa. O caso virou o escândalo da gerência e todo mundo soube do caso, mas a chefia não fez nada. A moça foi transferida de área".

Estas novas mensagens vieram à tona após a recente divulgação de um caso ocorrido em 2022, em que funcionárias terceirizadas do Centro de Pesquisas da Petrobras, localizado na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, denunciaram um petroleiro por assédio sexual.

Prates anuncia reforço no combate ao assédio

Após tomar conhecimento dos novos relatos de mulheres assediadas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa irá reforçar suas medidas de combate ao assédio. 

Em uma mensagem divulgada no sábado (1), Prates expressou solidariedade às mulheres que foram vítimas de assédio e afirmou ter realizado uma reunião com gerentes executivos para propor ações mais firmes e eficazes no combate a essa prática.

"Em breve divulgaremos a nossa força de trabalho novas medidas de fortalecimento da prevenção e combate ao assédio", diz trecho da mensagem.

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