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Gleisi: "ao invés de proibir imprensa, Escola Superior de Guerra deveria cancelar palestra de Ives Gandra"

Ives aparece no celular do coronel Mauro Cid como um dos mentores intelectuais da minuta do golpe

Gleisi Hoffmann e os atos terroristas bolsonaristas em Brasília no 8 de janeiro (Foto: ABr)

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247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes para cobrar uma postura das Forças Armadas, que irá receber em sua Escola Superior de Guerra o advogado Ives Gandra Martins, um dos mentores intelectuais da minuta do golpe de estado contra eleição de Lula. 

“Ao invés de proibir o acesso da imprensa, a Escola Superior de Guerra deveria é cancelar a palestra de Ives Gandra Martins. Depois de tudo que foi revelado no celular de Mauro Cid, que autoridade tem o "jurista da quartelada" para falar sobre o papel do Judiciário na Democracia? Ainda mais numa instituição militar”, diz Gleisi.

Entenda o caso 

O advogado Ives Gandra Martins, que aparece no celular do coronel Mauro Cid como um dos mentores intelectuais de uma minuta de decreto para promover um golpe contra a eleição de Lula (PT), fará uma palestra para militares na Escola Superior de Guerra. A apresentação será nesta quinta-feira (22) e terá como tema "O Estado Democrático de Direito e o Protagonismo do Judiciário".

De acordo com a Polícia Federal, estudos enviados por militares da ativa e as posições de Ives Gandra "possivelmente serviram de base para a elaboração" dessa minuta. Um dos documentos repassados ​​a Cid é um e-mail enviado pelo advogado em 2017, em resposta a questionamentos feitos na época pelo então major Fabiano da Silva Carvalho. O militar era aluno do Curso de Comando e Estado-Maior do Exército e estava pesquisando o papel das Forças Armadas como garantidoras dos poderes constitucionais.

Segundo a tese de Ives Gandra, um dos Poderes pode solicitar a intervenção das Forças Armadas quando houver conflito com outro Poder. Nesse contexto, os militares atuariam como mediadores para resolver o conflito. No entanto, essa tese não possui respaldo na realidade, inclusive segundo decisão do próprio STF.

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