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Jamil Chade: Governo Bolsonaro dá calote e Brasil pode ficar sem voto e voz na FAO

O rombo deixado nas contas públicas por Jair Bolsonaro inclui também a contribuição com esse importante organismo multilateral de formulação de políticas públicas contra a fome

Thawanny Silva de Souza, de 6 anos, (E) e Rafael Silva de Souza, de 9 anos, (D), comem prato com arroz, feijão e ovo na Favela do Arci-Íris, em Recife 15/09/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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247 - Um dos maiores produtores agrícolas do mundo e, até pouco tempo, referência na luta contra a fome, Brasil vive uma situação constrangedora na FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), informa Jamil Chade, colunista do UOL. Sem completar o pagamento de sua contribuição obrigatória, o governo brasileiro pode perder seu direito ao voto na instituição em 2023.

O rombo deixado nas contas públicas por Jair Bolsonaro inclui também a contribuição com esse importante organismo multilateral de formulação de políticas públicas contra a fome, o que confirma o desprezo que Bolsonaro sempre teve com os mais pobres.

Chave levantou dados da FAO que revelam que a última vez em que o Brasil pagou de forma plena sua contribuição foi em 2019, o primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro. Desde então, os repasses foram suspensos.

A regra na entidade estabelece que, ao completar dois anos sem fazer depósitos completos, um governo perde seu direito ao voto nas decisões da instituição. Hoje, o Brasil contribui com cerca de 3% do orçamento da FAO e, se pagasse o que lhe corresponde, seria o oitavo maior contribuinte para o orçamento da instituição.

Procurado pela reportagem para comentar a situação, o Itamaraty não se pronunciou.

Em 2023, o Conselho da FAO se reúne para definir os rumos do combate à fome no mundo. Mas, se não pagar sua dívida até o final do ano, o Brasil ficará sem poder de dar sua voz nas decisões.

 

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