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Julgamento de Bolsonaro no TSE divide opiniões no Brasil, mostra pesquisa Genial/Quaest

Para 47%, Bolsonaro deve ser condenado e declarado inelegível, enquanto 43% discordam

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)

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247 - Levantamento realizado pela Genial/Quaest revela que os brasileiros estão divididos em relação ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Quase metade dos entrevistados (47%) afirmou que o TSE deveria condenar Bolsonaro por suas declarações sobre fraudes nas urnas, enquanto 43% discordaram dessa posição. Esses índices se encontram dentro da margem de erro, caracterizando um empate técnico. Além disso, 10% dos entrevistados não souberam ou optaram por não responder.

Felipe Nunes, diretor da Quaest, comentou sobre o julgamento do TSE, afirmando que "ele remete à divisão que marcou a eleição de 2022, mas com uma leve vantagem a favor da condenação de Bolsonaro", relata Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. O tribunal iniciará o julgamento da ação nesta quinta-feira (22), analisando se a reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado configura abuso de poder político. Na ocasião, o então mandatário fez acusações contra o sistema eleitoral sem apresentar provas.

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Entre aqueles que votaram em Lula (PT) no segundo turno, 80% acreditam que Bolsonaro deve ser considerado culpado pelo TSE. Nesse grupo, 12% discordaram dessa posição, e outros 8% não souberam ou não quiseram responder. Os números praticamente se invertem entre os que escolheram Bolsonaro no segundo turno, com a maioria (82%) sendo contra sua condenação. Apenas 13% são a favor, enquanto 6% não se manifestaram. Já entre aqueles que votaram em branco, anularam ou se abstiveram no segundo turno, 47% são favoráveis à condenação, 33% são contrários e 20% não responderam.

Da amostra de 2.029 entrevistados, 39% declararam ter votado em Lula, 37% em Bolsonaro, 20% votaram em branco, anularam ou se abstiveram, e 4% não responderam. A pesquisa também questionou quem Bolsonaro deveria apoiar caso não pudesse se candidatar. 

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apareceu em primeiro lugar com 21% das respostas, seguido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com 15%, mantendo os mesmos índices da pesquisa anterior realizada em abril deste ano. Em seguida, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), obteve 11% de citações, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi mencionado por 4% dos participantes. A opção "nenhum deles" foi a escolhida por 27% das pessoas, 21% não responderam e 1% mencionou "outros".

Entre os que votaram em Bolsonaro, as preferências por Tarcísio e Michelle foram ainda maiores, com 33% e 24%, respectivamente. Já Zema e Flávio Bolsonaro mantiveram-se no mesmo patamar, com 11% para o governador mineiro e 5% para o filho do ex-presidente. Entre os que votaram em Lula, houve um empate entre Tarcísio e Zema, ambos com 12%. Michelle foi mencionada por 8%, enquanto Flávio Bolsonaro obteve 3%. A opção mais escolhida por esse grupo foi "nenhum deles", com 44%.

Em relação ao apoio de Bolsonaro a um candidato a presidente, 41% dos entrevistados acreditam que isso diminui as chances de votarem nesse político, enquanto 33% afirmaram o contrário, ou seja, que aumenta a possibilidade de escolherem o candidato apoiado por ele. Para 18% dos entrevistados, o apoio de Bolsonaro é indiferente ou não exerce influência, e 7% não responderam.

A pesquisa, que ocorreu entre os dias 15 e 18 de junho, entrevistou pessoalmente 2.029 indivíduos com 16 anos ou mais em 120 municípios. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

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