Líder do governo Bolsonaro diz que Constituição tornou o Brasil "ingovernável" e defende Constituinte
"Acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres, porque a nossa carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a Nação”, disse o deputado federal Ricardo Barros
247 - O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) defendeu a realização de um plebiscito visando elaborar uma nova Constituição alegando que a atual torno o Brasil um “país ingovernável”. “Eu pessoalmente defendo nova assembleia nacional constituinte, acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres, porque a nossa carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a Nação”, disse Barros nesta segunda-feira (26), de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Ainda segundo o parlamentar, a Constituição colocou o Brasil em uma “situação inviável orçamentariamente”. Não temos mais capacidade de pagar nossa dívida, os juros da dívida não são pagos há muitos anos, a dívida é só rolada e com o efeito da pandemia cresceu muito, e esse crescimento nos coloca em risco na questão da rolagem da dívida”, afirmou Barros durante participação em um evento organizado pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConst).
“A nossa Constituição, a Constituição cidadã, o presidente (José) Sarney já dizia quando a sancionou, que tornaria o país ingovernável, e o dia chegou, temos um sistema ingovernável, estamos há seis anos com déficit fiscal primário, ou seja, arrecadamos menos do que gastamos, não temos capacidade mais de aumentar a carga tributária, porque o contribuinte não suporta mais do que 35% da carga tributária, e não demos conta de entregar todos os direitos que a Constituição decidiu em favor de nossos cidadãos”, disse Barros.
Ele também disse ser a favor do parlamentarismo como sistema de governo. “Seria um regime de governo muito mais efetivo, que nos permitiria ajustar rapidamente as crises, retomar mais rapidamente o rumo quando existe um impasse, mas vamos ainda lutar por isso”, justificou.
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