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Lula fala em ampliar Minha Casa, Minha Vida para "setores médios da sociedade"

"Precisamos criar um programa para setores médios da sociedade, porque as pessoas que ganham R$ 6 mil às vezes também não têm direito a ter uma casa", disse o presidente

Lula e Janja (Foto: Ricardo Stuckert)

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247 - O presidente Lula (PT) participou de evento nesta sexta-feira (3) de entrega das chaves de 1.440 unidades habitacionais construídas a partir do Minha Casa, Minha Vida em Rondonópolis (MT).

Contratado em julho de 2013, o residencial Celina Bezerra estava entre as 186 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida - Faixa 1 não concluídas até janeiro de 2023. Os apartamentos entregues têm 46,55m² de área privativa. Do total, 44 residências são adaptadas. O empreendimento conta com poço artesiano, drenagem de águas pluviais, estação elevatória e emissário de esgoto. O local também dispõe de equipamentos públicos como escolas, creches, unidades básicas de saúde, centro esportivo, além de obras de pavimentação, iluminação pública do acesso e reservatório de água potável.

Durante a cerimônia, o presidente falou em ampliar o Minha Casa, Minha Vida para a "classe média baixa" da população. "Precisamos criar um programa para setores médios da sociedade, porque as pessoas que ganham R$ 6 mil, R$ 5 mil, R$ 7 mil às vezes também não têm direito a ter uma casa. Ele não quer comprar uma casa muito pequena e não pode comprar uma maior. É preciso que a gente construa uma casa para que as pessoas de classe média baixa, para que os trabalhadores possam comprar".

Lula também destacou que o conjunto habitacional inaugurado nesta sexta-feira foi contratado durante o governo Dilma Rousseff (PT) e só demorou a ser concluído em razão do golpe contra a ex-presidente. "Esse conjunto começou a ser feito em 2013. Há dez anos. Esse conjunto já era para ter acabado. Vocês se lembram do golpe que deram na presidenta Dilma para tirá-la do governo, vocês se lembram que inventaram uma coisa chamada 'Ponte para o Futuro', era preciso tirar a Dilma para esse país voltar a crescer. E eu vou dizer o que aconteceu: esse conjunto, que era para ter sido inaugurado em 2014, está sendo inaugurado em 2023, exatamente pelo presidente do PT, por quem começou a construir essa obra. É importante vocês saberem que aqui tem mais dois conjuntos paralisados, e nós vamos sim dar ordem de serviço agora em março para os dois. Se Deus quiser em 2024 a gente vai vir inaugurar mais esses dois prédios".

"Esse país, quando deixei a Presidência, era a 6ª economia do mundo. Cansei de dizer para os franceses e ingleses: ‘se preparem que a gente vai passar vocês’. E dizia para a Angela Merkel, da Alemanha: ‘se prepare porque o Brasil vai disputar para ser a 4ª economia mundial’. Quando deixei a Presidência a economia brasileira crescia a 7,5%, o varejo crescia a 13%, o salário mínimo aumentou durante todo o período 74%, a massa salarial crescia todo ano acima da inflação. Eu não sei que desgraça que foi feita, não sei que mão desgramada que colocou a mão nesse país que esse país parou de andar para frente e passou a voltar para trás. Esse país deixou de ser o país da alegria, da verdade, do crescimento, de distribuição de renda para ser o país da mentira, do ódio, da provocação. Vocês viram o que aconteceu aqui em uma cidade próxima, em Sinop, quando um cidadão perdeu uma partida [de sinuca] e resolveu matar sete pessoas, sem nenhuma explicação. O país foi tomado pela violência porque a mentira e o ódio predominaram".

No estado forte do agronegócio, Lula voltou a falar da fome: “não é explicável no país que é o terceiro produtor de alimento do planeta, no país que é o maior produtor de proteína animal do mundo a gente ter 33 milhões de pessoas passando fome. O Brasil produz alimento suficiente para seu povo. Os avanços da genética, os avanços tecnológicos fizeram com que o Brasil se transformasse nesse extraordinário país produtor. Por que as pessoas passam fome? Porque não têm dinheiro para comprar os alimentos. Portanto, eu tenho quatro anos pela frente para a gente consertar esse país”.

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