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Magistrados desembarcam em Israel em viagem paga por entidades sionistas

Ministro do STF André Mendonça é o único representante da mais alta corte do país na comitiva, que também inclui ministros do STJ, STM e desembargadores federais

(Foto: Noam Moskowitz/Knesset Press Office)

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247 - O grupo de oito ministros e desembargadores brasileiros convidados para uma viagem a Israel iniciou o cronograma de visitas organizado pelas entidades sionistas StandWithUs Brasil e pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). A lista de participantes, mantida em sigilo até então, inclui o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, o único representante da mais alta corte do país na comitiva. 

O grupo inclui ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como Sebastião Alves dos Reis Júnior, Marco Aurelio Bellizze Oliveira, Antonio Saldanha Palheiro e Ricardo Villas Bôas Cueva, além do vice-presidente do Superior Tribunal Militar (STM), José Coêlho Ferreira. Os desembargadores federais Marcus Abraham e Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro também integram a lista. >>> "Conib tenta corromper instituições brasileiras", diz Altman

Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o grupo foi recebido pelo presidente do Parlamento de Israel, Amir Ohana, durante a visita à Casa. A programação inclui encontros com sobreviventes de ataques do grupo palestino Hamas, visitas a comunidades afetadas pelo conflito e uma ida ao Supremo Tribunal de Israel, esta última ocorrendo sob a polêmica reforma judicial do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

A viagem paga pelas entidades sionistas causou polêmica e gerou duras críticas devido à ausência de visitas à Cisjordânia ou à Faixa de Gaza, não contemplando, assim, a visão palestina sobre o conflito. Em resposta às críticas, a StandWithUs Brasil e a Conib afirmaram que a viagem é de caráter técnico e foi custeada integralmente por ambas as instituições. 

Desde o início da escalada da guerra entre Israel e a Palestina, no dia 7 de outubro do ano passado, mais de 25 mil palestinos foram mortos, em sua maioria mulheres e crianças, e mais de 50 mil feridos devido aos bombardeios feitos pelas forças israelenses. 

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