Mauro Cid assume que 'foi pegar as joias' a mando de Bolsonaro, diz advogado

247 - O advogado de defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cezar Bitencourt, afirmou à revista Veja que seu cliente admitiu que 'foi pegar' as joias de Jair Bolsonaro presenteadas pelo governo da Arábia Saudita, no caso da venda dos itens nos Estados Unidos. 

"O Cid não nega os fatos. Ele assume que foi pegar as joias. ‘Resolve isso lá’. Ele foi resolver. ‘Vende a joia’. Ele vende a joia. E o Alexandre de Moraes está muito duro, está extremamente duro. Eu vou estar com o Alexandre na segunda-feira – aliás, talvez não segunda porque ele pode não estar aqui. Mas vou conversar com ele sobre o caso", disse Bitencourt, conforme trecho da entrevista divulgado pela revista. 

O advogado confirmou ao ser questionado se a ordem de vender as joias partiu de Bolsonaro. Ele contou ainda que o dinheiro foi 'passado' 'integralmente' para Bolsonaro. 

Na quinta-feira, a Veja noticiou que Cid decidiu confessar que Bolsonaro mandou que ele vendesse as joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro. Posteriormente, Bitencourt declarou que Cid não iria 'dedurar', mas lembrou que seu cliente apenas 'cumpria ordens'. Ele também creditou a um 'erro' da Veja a menção a 'joias' na primeira reportagem. É nesse contexto que a Veja divulgou nesta sexta-feira o trecho da entrevista.