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Mauro Cid tentou esconder dinheiro vivo da PF e ficou nervoso no depoimento

Durante a operação que prendeu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a PF encontrou 35 mil dólares e 16 mil reais em espécie

Dólar e Mauro Cid (Foto: Reuters | Reprodução)

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247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tentou esconder dos investigadores da Polícia Federal o dinheiro vivo que tinha em casa. Cid e outras cinco pessoas foram presas na operação que investiga a inserção de informações falsas sobre vacinação de Covid-19 no banco de dados oficial do Ministério da Saúde.

Os policiais descobriram o dinheiro na casa de Cid quando o tenente-coronel entregava as armas de fogo que guardava em um cofre, segundo o g1. Cid se apressou para fechar o cofre. Os policiais pediram para ele abrir novamente e viram lá US$ 35 mil em espécie e R$ 16 mil, também em dinheiro vivo.

Depois, no depoimento diante dos agentes já no prédio da PF, ficou nervoso e não respondeu às perguntas que foram feitas.

De acordo com os documentos, a PF identificou um esquema para fraudar dados de vacinação atendidos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, para beneficiário o ex-presidente, sua filha e ao menos outros dois assessores próximos do ex -mandatário -- Max Guilherme e Sergio Cordeiro -- antes de o grupo viajar aos EUA em dezembro passado.

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Cid, Guilherme e Cordeiro, que continuam a serviço de Bolsonaro como parte do staff que os ex-presidentes têm direito, foram presos nesta quarta-feira. Homem de confiança de Bolsonaro, Cid criou o esquema de vacinas falsas inicialmente para ajudar a esposa a viajar para o exterior, de acordo com a PF.

Segundo a PF, Bolsonaro, a filha e os demais assessores tiveram certificados de imunização emitidos com base em informações falsas de vacinação implantadas no município de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro. Depois, os registros falsos foram apagados.

Os registros falsos foram descobertos em mensagens de Cid, que tiveram sigilo quebrado no ano passado em outro inquérito envolvendo o chefe. Segundo a PF, os certificados de vacinação falsificados do então presidente foram impressos duas vezes por seus assessores próximos em computadores do Palácio do Planalto.

O esquema, segundo a PF, visava "burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos)". Os EUA devem até o momento o certificado de vacinação contra Covid-19 para entrada em seu território -- a medida será suspensa no dia 11 deste mês.

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