MEC prevê corte de R$ 300 milhões no orçamento dos institutos federais
O dinheiro é destinado ao pagamento de gastos de custeio, que incluem gastos como água, luz, limpeza e bolsas dos alunos
247 - O Ministério da Educação (MEC) prevê para 2023 um orçamento com R$ 300 milhões a menos na comparação com o dinheiro disponibilizado em 2022 para os institutos federais. A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões. O MEC passou a informação nesta semana aos reitores dos institutos, de acordo com informações publicadas neste sábado (9) pelo portal Uol. O dinheiro é destinado ao pagamento de gastos de custeio, que incluem gastos como água, luz, limpeza e bolsas dos alunos.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Cláudio Alex Jorge da Rocha, "são R$ 300 milhões a menos comparado com 2022, que já tem um orçamento insuficiente, que não considera a inflação nem o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]".
O valor é uma previsão, porque o governo precisa enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) até agosto ao Congresso.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), Nelson Cardoso do Amaral, a prioridade do governo não tem sido a educação e a situação atual é "dramática".
"Por que só estão reduzindo dinheiro da educação, ciência e tecnologia? Essas são áreas fundamentais para o futuro. Como pensar em um futuro sem investimento nessas áreas?", questionou Amaral.
De acordo com a reitora do IFB (Instituto Federal de Brasília), Luciana Massukado, o orçamento previsto pela pasta não considera um real para investimento em obras e modernização dos institutos. "Não teremos dinheiro, por exemplo, para contratação de profissionais que atendem alunos com deficiência", afirma a reitora.
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