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Médicos bolsonaristas pretendem disputar eleições para criar 'bancada da cloroquina'

Médicos que defenderam o tratamento precoce durante a pandemia pretendem formar bancada alinhada às ideias de Jair Bolsonaro em questões de saúde pública

(Foto: Pixabay | Reuters)

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247 - Médicos bolsonaristas que defenderam o tratamento precoce - que faz uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no tratamento da Covid-19, como a cloroquina e hidroxicloroquina - pretendem disputar cargos eletivos em 2022. As possíveis candidaturas estão atreladas à notoriedade conseguida na esteira da CPI da Covid junto a setores conservadores e de extrema direita. O objetivo, segundo o jornal Folha de S. Paulo, é formar  uma espécie de "bancada da cloroquina" no Congresso, alinhada às ideias de Jair Bolsonaro em questões de saúde pública. 

Nesta linha, a médica Raissa Soares, ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, se tornou um dos principais nomes do bolsonarismo na Bahia. Ela foi responsável, ainda na primeira onda da pandemia, por pedir em um vídeo que o governo federal enviasse “um avião, um carregamento” de hidroxicloroquina para o município. 

Três dias depois um avião desembarcou  40 mil caixas da droga no município. De acordo com a reportagem, a médica avalia se candidatar ao Governo da Bahia, ao Senado ou à Câmara dos Deputados.

Um outro nome que também avalia disputar uma vaga na Câmara nas eleições de 2022 é o da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina". 

Investigada pela CPI da Covid, ela teve o seu indiciamento sugerido pelo colegiado pelos crimes de epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade.Além da defesa do tratamento precoce, Mayra foi uma das idealizadores do aplicativo TrateCov, que receitava medicamentos do Kit Covid contra a doença.  ineficazes contra a Covid. 

O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é apontado como potencial candidato ao Senado pela Paraíba. Ele também teve o seu pedido de indiciamento pela CPI em função de sua atuação no enfrentamento à pandemia. 

À frente do ministério desde março, Queiroga também teve o indiciamento sugerido pela CPI da Covid por epidemia culposa com resultado morte e prevaricação. A atuação de sua pasta na crise sanitária também é questionada, especialmente em relação à aquisição de vacinas.

O ex-ministro da Pasta Eduardo Pazuello, que é militar de carreira, também estuda disputar uma vaga no Senado pelo Amazonas. a CPI pediu que ele seja indiciado por uso irregular de verbas públicas, comunicação falsa de crime, prevaricação e crimes contra a humanidade. 

O deputado federal Osmar Terra (MDB), ligado a Bolsonaro e que também teve o indiciamento pedido pela CPI, deverá disputar a reeleição ou concorrer ao Governo do Rio Grande do Sul.

 

 

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