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Mensagens apontam lobby de arquiteta com Jair Renan para construção de casas de granito para militares

Áudios obtidos pela PF constam no inquérito que apura se Jair Renan, filho "04" de Jair Bolsonaro, teria praticado crime de tráfico influência em troca de patrocínio empresarial

(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters | Reprodução)

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247 - Mensagens obtidas pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura suspeitas de tráfico de influência de Jair Renan, filho “04” de Jair Bolsonaro (PL), apontam que ele foi procurado por empresários que tinham o objetivo de marcar reuniões e agendar encontros com o atual ocupante do Palácio do Planalto para viabilizar um projeto de construção de "vilas experimentais" com construções de pedra de granito para as Forças Armadas. Em troca, os empresários estariam dispostos a patrocinar projetos de interesse de Renan, diz o jornal O Globo.

Em uma das mensagens de áudio obtidas pela PF, a arquiteta Tânia Fernandes, responsável pela reforma do escritório de Jair Renan em Brasília e por desenvolver um projeto de parceiros comerciais do "04" no Espírito Santo, diz que "seria muito interessante" a presença do jovem em uma agenda com empresários no Palácio do Planalto "porque o teu acesso (a Jair Bolsonaro) é mil vezes mais fácil". 

Segundo a reportagem, Tânia confirmou o pedido, mas disse que Jair Renan não se envolveu no negócio e que ele também não fez nenhuma intermediação com o governo federal. O encontro de Jair Renan com os empresários aconteceu em setembro de 2020. Na ocasião, os empresários teriam apresentado o modelo para a construção de unidades habitacionais, em pedra de granito, para as Forças Armadas. 

Em novembro de 2020, um dos empresários que participou do encontro com Jair Renan “conseguiu uma agenda com o então ministro Rogério Marinho, do Ministério do Desenvolvimento Regional, para tratar do assunto”, destaca a reportagem. Segundo o jornal, a pasta divulgou nota afirmando que audiência foi solicitada “pelo senhor Joel Fonseca, assessor especial da Presidência da República” e contou com a participação de Jair Renan Bolsonaro, da arquiteta Tânia Fernandes e de Allan Lucena. Em depoimento à PF, Jair Renan afirmou que foi convidado  pelos participantes, mas que "entrou mudo e saiu calado" da reunião.

As mensagens em poder da PF também apontam que empresários foram procurados para bancar o custo de uma reforma realizada em uma sala comercial registrada em nome de Jair Renan. Nas mensagens, a arquiteta Tânia Fernandes ironiza a situação e diz que os empresários devem contribuir com “bolsa móveis e bolsa reforma” para equipar o imóvel. Uma das empresas listadas recebeu, desde 2019, R$ 25,4 milhões em contratos para o fornecimento de móveis como poltronas, cadeiras e mesas de escritório ao governo federal. 

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