“Militares nunca questionaram a lisura das urnas antes do governo Bolsonaro”, destaca jurista
Tania Oliveira, da ABJD, disse que esse questionamento “vem sendo fermentado pelo governo Bolsonaro e seus ministros militares, caso ele não seja eleito”
247 - Entidades dos movimentos sociais e políticos, juristas e lideranças políticas formaram uma coalizão antigolpe para combater os ataques contra o sistema eleitoral promovido pelo governo de Jair Bolsonaro.
A advogada Tania Oliveira, que integra a Coordenação Executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), afirmou em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, as entidades que compõem a coalizão se inscreveram como entidades observadoras das eleições junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “o que significa acompanhar não apenas o processo eleitoral como o dia das eleições propriamente dito”.
“O TSE criou alguns canais de participação da sociedade civil para essa discussão do sistema eleitoral, muito em função do que vem ocorrendo em termos de questionamento e ataques diretos pelo governo Jair Bolsonaro”, explicou a jurista.
“Essas ameaças diuturnas de que não vai haver eleições ou não vai ter controle é um apanhando de uma situação de caos que querem criar, eu diria até de violência, e tentativa de deslegitimar o resultado eleitoral”, acrescentou.
Tania enfatiza que as urnas eletrônicas são utilizadas desde 1996 e que "curiosamente” só agora as mesmas pessoas que foram eleitas por esse sistema questionam a lisura das urnas eletrônicas.
Ele destaca ainda que “os militares nunca questionaram a lisura das urnas antes do governo Bolsonaro”.
“Esse questionamento não é à toa e apenas um caldo que vem sendo fermentado pelo governo Bolsonaro e seus ministros militares, caso ele não seja eleito”, analisou.
Tania defendeu que além da participação de observadores nacionais é preciso garantir a participação de observadores internacionais. “É fundamental que o mundo olhe para o Brasil e tenha a noção exata do que está acontecendo aqui a partir do olhar de pessoas de fora”, frisou.
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