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    Movimentos populares pedirão prisão de Bolsonaro no 29º Grito dos Excluídos

    Pelas ruas do Brasil, os manifestantes vão denunciar a exclusão, a fome e desigualdade, lutar por emprego, terra, teto, saúde e educação

    Manifestação “Fora Bolsonaro”, São Paulo, Av. Paulista. (Foto: Paulo Pinto/Fotos Publicas)

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    247 — Movimentos populares protestarão no 29º Grito dos Excluídos, exigindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este evento, marcado para ocorrer em todo o Brasil na quinta-feira, 7 de setembro, é organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP), pastorais sociais da Igreja Católica, diversos movimentos populares e sociais, sindicatos e organizações sociais. O lema deste ano é "Você tem fome e sede de quê?".

    Os participantes das manifestações em todo o país vão levantar suas vozes contra a exclusão, a fome, a desigualdade e vão lutar por emprego, terra, habitação, saúde e educação. O tema constante do Grito é "Vida em Primeiro Lugar". Em São Paulo, o evento tradicional é liderado pela Central de Movimentos Populares (CMP), com apoio de outras organizações. A concentração terá início às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, que é o ponto de partida da Avenida Paulista. A marcha seguirá pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao Monumento das Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera.

    Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP e um dos organizadores do Grito desde sua primeira edição em 1996, destaca que este ano marca o primeiro evento após o Brasil ter passado por um governo de extrema direita e negacionista, que resultou na morte de mais de 700 mil pessoas durante a pandemia da COVID-19 e levou o Brasil a enfrentar a fome, com mais de 20 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.

    Bonfim declarou: "A Central de Movimentos Populares exige a prisão de Jair Bolsonaro pelos crimes que ele cometeu durante a pandemia, quando menosprezava o povo. Está comprovado que ele tentou dar um golpe em 8 de janeiro e agora temos o escândalo das joias sauditas, bem como investigações que apontam que ele tentou fraudar o processo eleitoral brasileiro. Não aceitamos que Bolsonaro seja apenas inelegível. Defendemos que ele seja responsabilizado por seus crimes na prisão."

    Oito meses após o início do terceiro governo de Lula, Raimundo Bonfim destaca que os militantes da CMP também vão às ruas para enfatizar a necessidade de consolidar programas sociais importantes para combater as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento do Brasil, como o Mais Médicos, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

    Bonfim concluiu: "Vamos celebrar a retomada de um governo democrático, mas também destacar os desafios que temos pela frente, como o desemprego, a fome e a miséria, que ainda persistem com índices alarmantes. Além disso, vamos enfatizar a necessidade de taxar grandes fortunas e heranças para que o governo possa arrecadar mais recursos para investir em políticas de inclusão social."

    29º Grito dos Excluídos: 7 de setembro, Praça Oswaldo Cruz, 9h

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