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Na Jovem Pan, Bolsonaro escancara medo da prisão e repete fake news contra as urnas

"Eu tenho duas alternativas, essa ou outra, que eu não vou polemizar aqui", declarou Bolsonaro, sinalizando planejar uma saída para evitar ser preso após o fim do mandato

(Foto: Reprodução/YouTube/ Pânico Jovem Pan)

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247 - Após a histórica entrevista do ex-presidente Lula (PT) no Jornal Nacional, da TV Globo, na noite de quinta-feira (25), Jair Bolsonaro (PL) correu nesta sexta-feira (26) para a emissora amiga Jovem Pan para tentar voltar a ter algum espaço na mídia e nas redes sociais, já que está ofuscado neste momento pelas repercussões da entrevista do petista.

Em sua participação na Jovem Pan, o chefe do governo federal foi questionado: "por que o senhor falou que vai ser preso se perder a eleição?"

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Bolsonaro, então, sinalizou planejar uma saída para evitar ser preso após  término do mandato. Ele também demonstrou ter medo de que seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) tenha implicações na Justiça por fake news. "Olha, o que eu vejo aqui no quadro: eu tenho duas alternativas, essa ou outra, que eu não vou polemizar essa questão aqui. Você pode ver, o que faltou para prender esses oito empresários agora? Nada. A questão, por exemplo, do Daniel Silveira. Quando ele foi preso, alguém queria que eu tomasse providência. Como é que eu vou tomar se a Câmara [dos Deputados] falou que está certa a cadeia dele? Eu não posso brigar com a Câmara toda. Quando ele foi condenado a nove anos de cadeia eu entrei em campo, a questão da graça, do indulto. Eu poderia fazer aquilo e fiz aquilo. Não falta gente do meu lado, e é bom dizer que existe o contraditório, dizendo que eu ia arrumar uma confusão com o Supremo. eu falei: não posso arrumar confusão com a minha consciência. Daqui a pouco prende um filho meu por fake news, o Carlos o tempo todo é visado, e agora eu vou falar que não pode ser preso, e o outro lá, que falou besteira, ninguém nega, pega nove anos de cadeia? Não tem cabimento".

Bolsonaro também voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, apesar de não citá-lo nominalmente. "O Brasil está caminhando [para uma ditadura], mas não é pelo chefe do Executivo. Geralmente quem conspira e quem prepara para ficar no poder é o chefe do Executivo, que tem a tropa na mão. É exatamente o contrário, é o outro lado. A gente não sabe por que essa pessoa age dessa maneira, o que está na cabeça dela, mas a gente vê claramente que faz de tudo para prejudicar o nosso lado e o outro lado fica aí nadando de braçada. Você não vê nenhum petralha aí criticando essa questão dos oito empresários".

O chefe do governo federal ainda retomou a divulgação de desinformação sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro. Ele comentava, no momento, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impede que eleitores entrem na cabine de votação portando aparelhos celulares, como uma medida para garantir o sigilo do voto. "Essa questão da nova decisão, de não entrar com o celular [na cabine de votação]. O que eu mais recebi em 2018, pequenos vídeos, de pessoas pelo Brasil todo que iam votar, ia apertar lá o 17 e não saía, já dava 'encerrado', aparecia lá o 13, o Haddad ali e encerrava a votação. Eles querem evitar isso daí. Será que não conseguiram sanar isso ou isos existe propositalmente para tentar mexer no número da votação no final?".

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