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    Não existe ‘voto evangélico’ em 2022, diz pesquisadora

    Para Magali Cunha, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER), é um grande equívoco e até má-fé oportunista falar de um “voto evangélico”

    Edir Macedo e Silas Malafaia (Foto: Reprodução)

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    Magali Cunha, na Carta Capital - Mais um ano eleitoral e voltam à cena várias abordagens sobre “voto evangélico”. Desta vez, reforçadas com avaliações sobre as eleições de 2018, marcadas por um apoio massivo deste grupo religioso a Jair Bolsonaro. Na lógica de alguns analistas, esta base seguirá votando em Bolsonaro. Afinal, o atual presidente segue ostentando sinais do apoio inabalável de líderes evangélicos de grandes igrejas, mesmo em meio a crises como a que atingiu o Ministério da Educação.

    É muito importante, contudo, compreender as explicações para o sucesso eleitoral de Bolsonaro neste segmento – e elas são muito mais complexas do que a tese de que evangélicos votam em quem os pastores mandam pode sugerir. 

    Primeiramente, é preciso insistir em um ponto que sempre reafirmo: quando nos referimos a “evangélicos”, não estamos tratando de um grupo monolítico, uno, coeso. E sim de uma teia formada por variados fios, que representam diversas teologias, práticas, costumes, visões de mundo e estruturas organizacionais.

    Portanto, é um grande equívoco (quando não má-fé oportunista) falar de um “voto evangélico” geral ou de um apoio político único dos evangélicos. Isso não existe! São pessoas autônomas que decidem pelo voto, fundamentalmente de acordo com suas preferências, como qualquer cidadão ou cidadã, religioso ou não. 

    As duas eleições que alçaram Dilma Rousseff à Presidência são fortes exemplos. Se correspondessem ao que bradavam líderes em evidência no cenário religioso, Dilma não teria recebido tantos votos de evangélicos. 

    Há, de fato, componentes significativos na persuasão de fiéis, especialmente nas redes sociais (as fake news recheadas de pânico moral são um grande exemplo). Também é importante considerar elementos socioeconômicos.

    Leia o artigo completo na CartaCapital.

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