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"Ninguém dorme na República de Curitiba hoje", diz Rogério Correia sobre depoimento de Tacla Duran na Câmara

"Em atendimento ao meu requerimento, vamos ter Tacla Duran depondo na CASP", afirmou o parlamentar

Rogério Correia e Rodrigo Tacla Duran (Foto: Agência Câmara | Reprodução)

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247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) comentou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu nesta terça-feira (6) um habeas corpus preventivo para o advogado Rodrigo Tacla Duran vir ao Brasil prestar depoimento. 

A partir de requerimento de Rogério Correia, Tacla Duran poderá vir ao país para falar à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no dia 19 de junho e deixar o país posteriormente. "Ninguém dorme na República de Curitiba hoje. Em atendimento ao meu requerimento, vamos ter Tacla Duran depondo na CASP", afirmou  o parlamentar. 

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Rodrigo Tacla Duran foi convidado a depor sobre a suposta extorsão que teria sido praticada contra ele por interlocutores do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, no contexto da Operação Lava Jato. Em um depoimento prestado remotamente ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara de Curitiba, Tacla Duran implicou Moro e Dallagnol. Após o depoimento, o advogado foi incluído no programa federal de proteção a testemunhas, o que lhe garantiu imunidade processual e segurança para retornar ao Brasil e depor na Lava Jato.

No entanto, próximo à data da viagem marcada para abril, o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desrespeitou uma ordem do STF e cassou a decisão de Appio, ameaçando Duran com a possibilidade de ser preso caso entrasse em território brasileiro. Essa ação de Malucelli desafiou o STF, uma vez que a Corte havia determinado a suspensão das ações penais envolvendo Tacla Duran.

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No habeas corpus concedido, o ministro Toffoli ressaltou que as ações da 13ª Vara de Curitiba e do TRF-4, que deveriam estar suspensas, serão analisadas paralelamente à concessão do salvo-conduto.

Venda de proteção na Lava Jato - Segundo mensagens apresentadas por Tacla Duran à Justiça, Carlos Zucolotto Júnior, padrinho de casamento de Moro e Rosângela, exigiu 5 milhões de dólares para conseguir benefícios em acordo de delação. Tacla Duran depositou cerca de 613 mil dólares na conta do escritório de advocacia de Marlus Arnas, parceiro de Rosângela Moro em processos da Apae e da chamada Máfia das Falências, como parte desse acerto (há documento de transferência bancária).

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