Nos EUA, Deltan apoia Musk após ataques a Moraes e é vaiado por defender religião na política
Ex-procurador lavajatista participou de evento realizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT e gerou reações negativas da plateia; entenda
247 - O ex-procurador da Lava Jato e deputado federal cassado Deltan Dallagnol recebeu críticas e vaias da plateia durante um painel na Brazil Conference, evento realizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT em Cambridge, nos Estados Unidos, informa a Folha de S. Paulo.
Em um contexto de ataques do empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Dallagnol manifestou apoio a Musk, alegando que as recentes ações judiciais no Brasil configuram censura prévia e violações à liberdade de expressão, comparando o país a um "perfil ditatorial".
"As contas não podem ser censuradas e conteúdos ideológicos que não são criminosos e não são ilegais não podem ser censurados. Isso vem acontecendo no Brasil, isso é absolutamente errado, equivocado, isso é um absurdo. Isso nos aproxima de países com perfil ditatorial, quando o que nós queremos é viver em uma verdadeira democracia", disse.
Contudo, o ponto mais controverso da intervenção de Dallagnol foi quando ele defendeu a religião como um valor político. Ao justificar sua posição, ele afirmou que sua fé cristã guia seus princípios de vida e seu trabalho, e ainda afirmou que demonstrar rejeição a essa postura "é preconceito de natureza religiosa".
A fala do lavajatista despertou vaias e reações negativas da plateia, as quais ele mesmo reconheceu em declaração à Folha. As vaias ainda se intensificaram quando Dallagnol afirmou ser contra o direito ao aborto, como um exemplo de sua posição religiosa.
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