“O Brasil corre o risco de afundar de maneira irrecuperável”, diz Celso Amorim
Ex-chanceler afirmou que as manifestações do 29M são fundamentais para “salvar o Brasil” da devastação promovida pelo governo Bolsonaro em diversas frentes. “Temos que nos manifestar. A próxima manifestação que tiver dessa maneira, eu vou”. Assista na TV 247
247 - O ex-chanceler dos governos Lula, Celso Amorim, analisou em entrevista à TV 247 as ações do governo Bolsonaro que levaram à devastação do Brasil. Para ele, as manifestações do 29M são fundamentais para “salvar” o país.
“A luta contra o bolsonarismo é uma luta fundamental do povo brasileiro. É isso que nós temos que derrotar no plano imediato. Eu até estou arrependido porque não fui nessa manifestação, mas agora que já tomei a segunda dose da vacina, se tiver outra manifestação, eu vou. Acho que é muito importante”, disse o chanceler.
“O que interessa uma vida no meio de tantas vidas do povo brasileiro? Temos que salvar o Brasil. O Brasil corre o risco de afundar de uma maneira irrecuperável, porque cada dia acontece uma coisa. Acontece a Eletrobras, acontece no plano cultural, dos direitos humanos, do clima, no banditismo”, listou.
Celso disse que se preocupa especialmente com a brutalidade das forças policiais, como ocorrido no ato em Recife no último sábado, dia dos atos, quando dois homens ficaram cegos de um olho após terem sido atingidos com balas de borracha pela Polícia Militar. O comandante da PM caiu na noite de terça-feira (1º).
“Salvar o Brasil já era difícil antes. Esquecemos que na época do Fernando Henrique, na época do Lula, que acreditávamos estar em governos normais, o [Marcelo] Freixo teve que pedir proteção da polícia. Então, imagina hoje. Hoje quem vai pedir proteção para a polícia não sabe nem que tipo de proteção que é”, refletiu o ex-ministro.
“As polícias são subordinadas aos governos estaduais. Nós vimos a polícia de Pernambuco sendo agressiva com os manifestantes. Então, o Brasil está muito ameaçado de afundar de uma maneira irrecuperável. Pensamos que isso não é possível, é possível sim. Claro que daqui a 100 anos, 50 anos é outra coisa, mas será irrecuperável para os meus filhos e netos. Então, temos que nos manifestar. A próxima manifestação que tiver dessa maneira, que tiver palanque para eu falar da área internacional, eu vou”, completou.
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