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    Paes quer 'um quadro da política' para a presidência em 2022 e diz que há resistências a Moro

    Prefeito eleito do Rio diz que vai fazer mais política no exercício do mandato e defende que o DEM lance um quadro político para disputar a Presidência em 2022

    Eduardo Paes, prefeito eleito do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

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    247 - Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (30), o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, diz que o DEM deve lançar um “quadro da política” para a presidência em 2022. Mas elogia o apresentador Luciano Huck, que tem conversado com seu partido, e diz que há resistências ao nome do ex-juiz Sergio Moro.

    Ao mesmo tempo, Paes dá sinais de que não quer briga com Jair Bolsonaro. “Não vou rivalizar com o Bolsonaro”, diz. “Eu já falei com ele hoje. Foi muito gentil comigo e tenho certeza que vamos ter muito diálogo.”

    O prefeito eleito também evita apontar o presidente da República como um dos radicais derrotados que descreveu em seu discurso de vitória.

    Por outro lado, comparou o perfil dos derrotados com o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e a presidente Dilma Rousseff (PT).

    "O sr. disse que o resultado da eleição era um sinal contra o radicalismo no Brasil. Quem está radicalizando no país?". Paes responde:  "Não vou ficar dando nomes e adjetivando. A partir de 2013, vivemos um cenário de muito ódio, de pouco diálogo que fez mal ao país. Essa coisa do novato, do sujeito que vem de outra atividade e de repente vira governante, não dá certo. Não conhece a realidade das pessoas, nunca pediu voto. Tem um certo grau de arrogância. O Witzel talvez seja o que mais represente isso. De certa maneira, o próprio perfil da Dilma, de ter dificuldade de dialogar com diversos atores. Tinha uma vida política mas nunca tinha disputado eleição".

    Questionado se vê Bolsonaro como um radical, Paes disse que teve com o presidente uma boa conversa e que irá visitá-lo.

    Sobre o papel do DEM e o seu próprio em 2022: "Vou fazer mais política do que fiz nos meus outros mandatos. Temos duas figuras do DEM que são o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia e o presidente [do DEM] ACM Neto. Mas vou palpitar, opinar e ajudar. Quero atuar mais aqui, no Rio. Se o [governador interino] Cláudio Castro for bem, talvez apoiar [a reeleição]. O Rio precisa sair desse lamaçal em que se enfiou".

    Ainda sobre sua relação com Bolsonaro, Paes diz que não vai rivalizar com ele e acredita que Bolsonaro também não vai rivalizar. "Sou prefeito da cidade dele. Ele vai querer ajudar a cidade dele".

    Questionado sobre a estratégia do DEM para 2022, o prefeito eleito do Rio de Janeiro considera que o partido "tem que ter um caminho próprio com quadros da política, com capacidade de se articular e dialogar". Diz que "Huck é um cara de muito diálogo", que "faz da vida dele relações públicas, que é um pouco a coisa da política. Essa coisa de ajudar as pessoas permite a ele conhecer um pouco a realidade do país". Quanto a Moro, "uma vez juiz, sempre juiz". 

    Leia a íntegra 

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