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Para 49% dos brasileiros, Bolsonaro fez menos do que poderia para investigar as mortes de Bruno e Dom, diz Datafolha

Bolsonaro foi criticado por minimizar episódio e recebeu cobranças para intensificar buscas

Bolsonaro e Bruno Pereira (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Funai | Reprodução/Twitter)

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247 - Levantamento feito pelo Datafolha mostrou que 49% da população considera que governo de Jair Bolsonaro (PL) fez menos do que poderia para investigar os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. 

Segundo Datafolha, outros 27% dos entrevistados acreditam que o governo fez tudo o que poderia para ajudar a esclarecer o caso. Para 18%, o governo fez o que poderia (nem a mais nem a menos); 6% dizem não saber opinar sobre a questão.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades. A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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 Após homenagem de indígenas, corpo de Bruno Pereira é cremado

Os restos mortais do indigenista Bruno Pereira foram cremados nesta sexta-feira (24) em sua cidade natal, Recife, diante da presença de vários representantes de comunidades indígenas. Bruno foi assassinado na Amazônia, em expedição de defesa da floresta com o jornalista britânico Dom Phillips, que também foi morto e deve ser cremado amanhã, em Niterói (RJ). O velório pelo brasileiro foi aberto no início da manhã no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região da Grande Recife. O corpo seguiu para cremação por volta das 15h. A cerimônia foi marcada por uma homenagem de indígenas da etnia Xucuru.

A família evitou falar com os jornalistas, mas divulgou nota à imprensa. O texto foi lido durante o velório por uma cunhada de Bruno. “A família está se despedindo de Bruno com o coração cheio de gratidão por ter tido ele em nossas vidas. A vida de Bruno foi de coragem, dedicação e fidelidade à causa dos indígenas”, afirmou.

A nota reforçou o pedido de justiça pelas vítimas e agradeceu as homenagens e, em especial, a dedicação de indígenas que atuaram nas buscas por Bruno e Dom. “Aos familiares, amigos, aos indígenas e a todas as pessoas que oraram, buscaram, trabalharam, representaram Bruno. Somos eternamente gratos. Que Deus, em sua imensidão, possa retribuir a todos e às suas famílias. Agora, estamos dedicados ao amor, ao perdão e à oração.”

“Bruno tinha uma missão e iluminou sua causa, e levou ela para o mundo. Neste momento e durante toda a última semana, indígenas de todo o país fizeram rituais de passagem e homenagearam Bruno Pereira. Agradecemos a todos”, finalizou.

Histórico de Bruno Pereira

O ativista tornou-se um dos maiores especialistas em povos isolados do Brasil desde que decidiu dedicar sua vida ao entendimento e à defesa dos povos da floresta. Servidor público na Fundação Nacional do Índio (Funai), ele foi afastado de suas funções pelo governo Bolsonaro, por pressão dos então ministros Sergio Moro (Justiça), que era o titular na época da demissão, e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Ambos atenderam os interesses de mineradores, desmatadores, madeireiros, pescadores ilegais e grileiros, com quem o governo Bolsonaro mantém estreitas relações.

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