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Pastora Ana Paula Valadão diz que Aids é punição divina para pessoas LGBT (VÍDEO)

Pastora da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte e fundadora da "Diante do Trono", em Miami, discursou afirmando que os gays são responsáveis pela disseminação da AIDS. A afirmação contraria todas as evidências cientíricas, que indicam que a doença cresce mais entre heterossexuais desde 2007

Ana Paula Valadão (Foto: reprodução)

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247 com Fórum - A pastora mineira Ana Paula Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte, e desde 2018,  é pastora e fundadora de uma unidade da Lagoinha em Miami, nos Estados Unidos, a "Before the Throne Church - by Lagoinha" ("Diante do Trono") destilou preconceito e ignorou evidências científicas em ataque a comunidade LGBTQI+ no programa Diante do Trono, apresentado por ela na Rede Super. Após o comentário LGBTfóbico, o nome dela foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter neste sábado (12). Assista abaixo o vídeo,  postado pelo jornalista William de Lucca. 

“Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. A qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre-arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências”, disse a pastora.

“Qualquer escolha contrária ao que Deus determinou como ideal chama de pecado. O pecado tem uma consequência que é a morte. Ta aí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa enfermidade que leva a morte, contamina as mulheres. Enfim, não é o ideal de Deus”, disse.

William de Lucca afirmo em seu tweet: "Ana Paula Valadão atribui aos gays a disseminação da AIDS e diz que casais heterossexuais são 'imunes', contrariando a ciência e o senso comum. Fé religiosa não é salvo conduto para ser homofóbica, sorofóbica e cometer crimes contra a saúde pública. Precisa ser responsabilizada!"

A fala, de fato, não tem qualquer base científica. Heterossexuais não têm qualquer imunidade e já respondem pela maioria dos casos de HIV positivo em muitos países, incluindo o Brasil. Estudos do próprio Ministério da Saúde indicam que a Aids cresce mais entre heterossexuais do que entre homossexuais, o que foi verificado, por exemplo, em 2007, 2014 e 2019. As análises também apontam para o comportamento de risco de heterossexuais masculinos que o preconceito ignora, com baixo uso de preservativo em geral e a multiplicidade de parceiros secreta entre os que têm relacionamentos oficialmente monogâmicos.


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