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Patrimônio de Alexandre Silveira cresceu 30 vezes desde 2006. Fortuna é de pelo menos R$ 79 milhões

Antes de entrar para a política, Silveira era delegado da Polícia Civil de Minas. Ministro diz que patrimônio é fruto de "30 anos de atuação como empresário"

Alexandre Silveira (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - O patrimônio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), cresceu 30 vezes desde 2006 - quando ele se candidatou pela primeira vez a deputado - e hoje é avaliado em R$ 79 milhões, em uma estimativa conservadora, segundo levantamento feito pelo UOL. Os detalhes financeiros revelam uma progressão extraordinária nas posses do ministro. 

A fortuna é formada principalmente por empresas de sua propriedade. Essa cifra não leva em consideração imóveis registrados em nome das empresas do ministro em cartórios de imóveis, mas que possuem coproprietários listados nos cadastros das prefeituras municipais. Esses ativos somam pelo menos R$ 27,2 milhões.  Além disso, não foram considerados no cálculo o patrimônio construído pelo ministro em propriedades rurais, como o gado, os rendimentos das colheitas e o valor atualizado dos hectares.

A maior parte desse crescimento patrimonial ocorreu durante o exercício de cargos eletivos ou de confiança em Minas Gerais, sua base eleitoral, e em Brasília. O ministro conquistou apoio de figuras influentes como Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, e Gilberto Kassab (PSD), secretário de Governo no estado de São Paulo, para ingressar no governo do presidente Lula (PT). Antes de entrar para a política, ele era delegado da Polícia Civil de Minas Gerais.

Recentemente, o político e suas empresas tornaram-se proprietários de quatro luxuosas casas em praias exclusivas do litoral baiano, que estão atualmente à venda por R$ 43,5 milhões. Além disso, ele e suas empresas também possuem três fazendas em Minas Gerais, quartos e vagas de garagem em um hotel e mais de uma centena de lotes em condomínios, entre outros ativos.

A maior parte desses bens está registrada em nome de empresas controladas pelo ministro - por isso não aparecem na declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, o que não é ilegal, mas dificulta a identificação do verdadeiro patrimônio do agente público por parte dos eleitores.

Questionado pelo UOL, o ministro afirmou que seu patrimônio é resultado de mais de "30 anos de atuação como empresário". "Tudo o que eu tenho está no meu Imposto de Renda e está declarado na Justiça Eleitoral, conforme determina a legislação vigente. Quem faz vida pública há mais de 20 anos tem que ter seu patrimônio todo na Justiça Eleitoral. (...) Meu patrimônio é todo declarado, não tenho uma prata fora do meu Imposto de Renda, seja da pessoa física ou jurídica", declarou Silveira.

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