PCO acusa setores do Fora Bolsonaro de 'sabotagem interna' e cobra reunião para definir mobilização
“Dentro do nosso movimento existem setores que trabalham contra a classe trabalhadora, que querem acabar com os atos, pois veem que eles apenas favorecem a via do povo, a candidatura de Lula e o enfrentamento com a direita”, diz o PCO em carta aberta à Campanha Fora Bolsonaro
247 - O Partido da Causa Operária (PCO) publicou nesta quarta-feira, 25, em seu portal na internet, uma “Carta aberta ao movimento Fora Bolsonaro, à CUT e aos partidos de Esquerda”, na qual denuncia setores dentro da Campanha Fora Bolsonaro de sabotar as mobilizações contra o governo.
“Dentro do nosso movimento existem setores que trabalham contra a classe trabalhadora, que querem acabar com os atos, pois veem que eles apenas favorecem a via do povo, a candidatura de Lula e o enfrentamento com a direita. São a quinta-coluna da burguesia, do PSDB, João Doria, em particular, e do imperialismo. Esse setor sabotou os atos do dia 18 de agosto e estão tentando fazer o mesmo com o 7 de setembro. As apostas agora são, no entanto, terrivelmente mais altas”, diz a carta.
Após a publicação da carta aberta, na noite desta quarta, ocorreu uma reunião do movimento que definiu o ato em São Paulo para o dia 7 de setembro para o Vale do Anhangabaú diante da definição da extrema direita na Avenida Paulista no mesmo dia. Sobre a manifestação da direita em São Paulo, o PCO diz que “a direita neoliberal já organiza a sua capitulação diante de Bolsonaro”, porque na cidade “João Doria entregou a Avenida Paulista para os fascistas ligados a Bolsonaro”.
Contra a sabotagem denunciada, a direção do partido exigiu “a todas as forças que compõem a Campanha Fora Bolsonaro, sindicatos, partidos e organizações populares” para “convocar imediatamente uma reunião da coordenação para definir a linha política e convocar presencialmente uma plenária nacional de organização”.
Leia a nota na íntegra:
Bolsonaro prepara para o dia 7 de setembro uma demonstração de força. Alguns setores, como governadores estaduais temem a organização de protestos armados com membros da polícia militar, também uma invasão a prédios públicos como o Congresso e o STF. A ofensiva da extrema-direita é visível em todas as tensas declarações dos jornais burgueses e dos parlamentares da direita.
A tentativa de se apoiar nas “instituições” como o STF e o Congresso naufragaram. Agora, Bolsonaro partiu para o contra-ataque nesse embate, vencerá o mais forte de fato. A direita neoliberal já organiza a sua capitulação diante de Bolsonaro. Em São Paulo, João Doria entregou a Avenida Paulista para os fascistas ligados a Bolsonaro. A única força social capaz de parar a ofensiva é o povo na rua.
Dentro do nosso movimento existem setores que trabalham contra a classe trabalhadora, que querem acabar com os atos, pois veem que eles apenas favorecem a via do povo, a candidatura de Lula e o enfrentamento com a direita. São a quinta-coluna da burguesia, do PSDB, João Doria, em particular, e do imperialismo. Esse setor sabotou os atos do dia 18 de agosto e estão tentando fazer o mesmo com o 7 de setembro. As apostas agora são, no entanto, terrivelmente mais altas.
Setores notoriamente identificados com esta quinta-coluna, como o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), defenderam publicamente que a esquerda não convoque atos para o dia 7 de setembro.
A paralisação se dá pela sabotagem interna e por uma crença de que a burguesia, o STF ou outra instituição do regime golpista vá resolver a situação.
Até o momento em que escrevemos esta nota, não há em praticamente nenhuma capital do País uma convocação com horário e local, para que as organizações possam mobilizar amplamente contra a extrema-direita que tomará as ruas, nem mesmo em São Paulo. Por pressão da quinta-coluna, os setores populares acovardam-se e não chamam uma reunião da Campanha Fora Bolsonaro para podermos reagir à ofensiva da direita. Não temos um único minuto a perder.
O Partido da Causa Operária vem a público fazer uma exigência a todas as forças que compõem a Campanha Fora Bolsonaro, sindicatos, partidos e organizações populares: convocar imediatamente uma reunião da coordenação para definir a linha política e convocar presencialmente uma plenária nacional de organização.
Exigimos também a convocação de reuniões de coordenação e plenárias nas grandes cidades, bem como a realização de uma intensa campanha de mobilização dos trabalhadores e da juventude, junto aos locais de trabalho, estudo e moradia.
São Paulo, 25 de agosto de 2021.
Comissão Executiva Nacional do Partido da Causa Operária
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