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    “Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil”, diz Brian Mier

    O jornalista, em entrevista à TV 247, expôs a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e as autoridades americanas. Ambas estavam empenhadas em dar um “golpe” no Brasil, denunciou. Assista

    Brian Mier e Sergio Moro

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    247 - O jornalista Brian Mier, em entrevista à série ‘Grandes Jornalistas’, da TV 247, afirmou que a Operação Lava Jato, que prendeu injustamente o ex-presidente Lula, promoveu um “golpe” articulado pelos Estados Unidos. Desde 2015, Mier vem denunciando ao público internacional a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e autoridades estadunidenses.

    “Eu sabia desde o início, lembrando daquela caça às bruxas do mensalão. Estou no Brasil desde 1991, menos de 1995 a 2000. Eu lembrei do mensalão, porque eu nunca confiei na Lava Jato. Também identifiquei que um golpe estava em andamento desde 2013. Vimos como o New York Times estava mudando a narrativa para enquadrar o Brasil como um ‘país de perdedores’, quase um Estado falido, com a pior corrupção de todos os tempos. Nesse momento eu começo a rebater. Um golpe estava chegando, tinha algo errado com a Lava Jato, que estava trabalhando com o Departamento de Justiça, e isso nunca pode ser bom para um país. Desde 2015 ou 2016 eu publiquei mais de 60 matérias sobre a Lava Jato em inglês, e, principalmente, desde o início mencionando o envolvimento do governo dos Estados Unidos”, contou.

    Brian Mier denunciou os acordos de leniência com autoridades estrangeiras. Desde os pagamentos, a mídia estrangeira não cobre mais a Lava Jato. “Houve um blecaute na mídia anglo em 2016, quando a Corte do Distrito Sul de Nova York multou em 3,5 bilhões de dólares a Petrobras e a Braskem. Isso entrou na mídia, no New York Times, Washington Post e Guardian, como a maior multa já cobrada pelo Departamento de Justiça sobre uma empresa estrangeira, através de uma lei chamada Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Depois daquele momento, sumiu qualquer menção aos Estados Unidos na Lava Jato. Quando eu escrevi que existia uma parceria com o Departamento de Justiça falavam, ‘você é um teorista da conspiração’. Como? Você pode abrir no site do Departamento de Justiça e ler que ele está falando sobre a parceria com a Lava Jato. É um absurdo”, completou.

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