PF faz operação contra empresas suspeitas de vender ilegalmente quase R$10 bilhões em ouro
A operação, denominada Ouropel, visa combater crimes relacionados à comercialização de ouro da Amazônia Legal
SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira 17 mandados de busca e apreensão nos Estados do Pará e Mato Grosso em operação que mira companhias suspeitas de comercializar ilegalmente quase 10 bilhões de reais em ouro extraído da Amazônia Legal, informou a PF em comunicado.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal e cumpridos por mais de 50 policiais em Itaituba (PA), Novo Progresso (PA) e Cuiabá (MT), de acordo com a PF, que não identificou os alvos da ação.
A operação, denominada Ouropel, visa combater crimes relacionados à comercialização de ouro da Amazônia Legal, como usurpação de bens públicos, lavagem de dinheiro, crimes ambientais ligados à garimpagem ilegal e associação criminosa, e está ligada à inquérito iniciado em junho deste ano, afirmou a PF.
A região da Amazônia Legal compreende os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens de mais de 290 milhões de reais, e a suspensão de atividades ligadas à mineração de oito pessoas físicas e jurídicas, que, juntas, possuem 112 processos minerários tramitando em seus nomes, segundo a PF. Todos esses processos foram agora suspensos, acrescentou.
"A suspensão também atinge uma pessoa jurídica que adquiriu bilhões de reais em ouro da Amazônia nos últimos anos", disse a PF.
Na semana passada, a PF já havia cumprido dois mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em operação para desarticular um esquema de mineração ilegal e contrabando de ouro para Europa e Estados Unidos, com um bloqueio judicial de 5,7 bilhões de reais de um suspeito.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: