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PF, que alegou falta de recursos para transferir Milton Ribeiro, tinha dois jatos em solo no dia em que ele foi preso

Corporação possui três jatos para serem usados em operações e apenas um estava em uso no dia da operação que prendeu o ex-ministro

(Foto: ABr)

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247 - A Polícia Federal (PF), que alegou falta de recursos para transferir o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro de São Paulo para Brasília, no dia da sua prisão, na quarta-feira (22), possui três jatos da Embraer e apenas uma das aeronaves estava em uso no dia da operação. 

O descumprimento da ordem judicial referente à transferência foi destacada pelo delegado Bruno Calandrini, responsável pelo inquérito que apura a existência de um gabinete paralelo formado por pastores que intermediavam verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante o recebimento de propinas, como uma das interferências feitas sobre a investigação. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, um levantamento realizado com dados públicos sobre o monitoramento de voos no País “mostra que apenas um dos jatos da PF tem registro de voo na quarta-feira. Outras duas aeronaves de fabricação da Embraer de propriedade da corporação não aparecem como tendo sido usadas na data”.

“Apesar dos dois dias de antecedência, a PF não colocou aeronaves à disposição da operação. No dia da prisão, apenas o jato modelo Embraer ERJ-145LR voou para cumprir missões policiais”, ressalta a reportagem.

Embora a corporação tivesse sido avisada com antecedência e ao menos duas aeronaves estivessem aptas a serem utilizadas no dia da operação, o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF (Dicor), Caio Rodrigo Pellim, solicitou à Justiça Federal que o ex-ministro permanecesse em São Paulo “ante a restrição orçamentária, bem como a fim de se manter a integridade física dos presos e evitar exposição desnecessária, recomendável que a audiência de custódia seja realizada remotamente ou, em último caso, pelo juiz federal competente da localidade das prisões”.

Ainda segundo a reportagem, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou que “as aeronaves servem para dar suporte em operações em que seja imprescindível e conveniente seu uso” e que desconhece outras situações em que a transferência não tenha sido realizada por falta de recursos ou motivos de segurança.

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