PGR vai defender em julgamento nesta quarta-feira que Witzel continue afastado do governo do Rio
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defende que o governador do Rio, Wilson Witzel, continue afastado do cargo. A decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves contra Witzel será julgada nesta quarta-feira (2) pelo plenário da Corte Especial do STJ
247 - A subprocuradora Lindôra Araújo, que também assina a denúncia contra Witzel por corrupção e lavagem de dinheiro, considera que há "robustos" elementos de prova que justificam o afastamento do governador, acusado de estar no "vértice da pirâmide de uma organização criminosa".
O governador afastado é acusado de integrar esquema de propinas pagas por organizações sociais da área da saúde a agentes públicos do Rio. A lavagem de dinheiro obtido com as propinas seria feita, segundo a acusação, no escritório de advocacia da primeira-dama, Helena.
Segundo a PGR, cargos e contratos teriam sido loteados entre três grupos distintos, liderados pelo empresário Mário Peixoto, preso pela Lava Jato, pelo presidente do PSC Pastor Everaldo, preso temporariamente na última sexta, e pelo empresário José Carlos de Melo, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
As investigações, que se desenvolvem desde maio, foram reforçadas com a delação do ex-secretário de saúde, Edmar Santos.
“Note-se que também aqui a ORCRIM (organização criminosa) se estruturou a partir do Chefe do Poder Executivo, numa intrincada rede de agentes públicos e empresas, que fraudam as mais diversas licitações, superfaturam contratos, desviam e lavam recursos públicos ao menos desde que Wilson José Witzel assumiu o poder, em janeiro de 2019, atuando de forma claramente estável e permanente”, apontou a subprocuradora Lindôra Araújo.
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