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Planalto vê tentativa de 'guerra santa' em ato de Bolsonaro e planeja reação

Governo avalia que a estratégia visa colocar o segmento evangélico, uma das bases do bolsonarismo, contra o presidente Lula

Ato bolsonarista na Avenida Paulista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

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247 - O Palácio do Planalto enxerga o ato bolsonarista ocorrido neste domingo (25) na Avenida Paulista como uma consolidação de três estratégias simultâneas da oposição, destacando a defesa de Jair Bolsonaro (PL) e a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo um movimento para insuflar o eleitorado evangélico contra o governo. 

Segundo a CNN Brasil, o primeiro movimento visa reforçar o discurso de "perseguição política" por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo, alegando tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro. Outra estratégia busca construir uma tese jurídica para impedir o ministro do STF Alexandre de Moraes de julgar casos relacionados ao ex-mandatário.

“É o terceiro movimento, no entanto, que mais preocupa atualmente o Planalto: trata-se de inflamar uma ‘guerra santa’ entre evangélicos e religiosos em geral — base de apoio do ex-presidente — contra Lula e o governo do PT. A estratégia, já usada no passado com foco em temas como o aborto e boatos sobre fechamento de igrejas, estaria centralizada na referência de Lula ao Holocausto nazista e no conflito diplomático aberto contra Israel”, destaca a reportagem. 

O ato convocado por Bolsonaro para se defender das investigações da Polícia Federal sobre o seu envolvimento em um planejamento de golpe de Estado, realizado na Avenida Paulista (SP), foi marcado pela presença de manifestantes empunhando a bandeira de Israel e enrolados na Estrela de Davi. “O governo teme os efeitos, a posteriori, dos chamados 'recortes' para as redes sociais como armas poderosas nessa ‘guerra santa’”, destaca um trecho da reportagem. 

O Planalto, porém, já avalia algumas reações ao movimento bolsonarista junto ao segmento evangélico. A expectativa é que o governo anuncie até março um recuo na medida que ampliou a isenção de tributos pagos por igrejas sobre “prebendas” a líderes religiosos, como pastores evangélicos e padres católicos. Nesta linha, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, evangélico da Igreja Batista, tem buscado costurar acordos com a Frente Parlamentar Evangélica e a por meio de pacote de políticas públicas que conte com o apoio de diversos segmentos religiosos.

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